Azul (AZUL4) reverte prejuízo e lucra R$ 1,073 bilhão no 2T21
A companhia aérea Azul (AZUL4) voltou para o saldo positivo neste segundo trimestre de 2021. De acordo com relatório financeiro, o lucro da empresa foi de R$ 1,073 bilhão entre abril e junho, revertendo o prejuízo de R$ 2,936 bilhões do mesmo período do ano passado.
As informações constam no balanço da Azul divulgado nesta quinta-feira (12). A companhia reportou uma receita líquida total de R$ 1,7 bilhão de abril a junho, aumento de 323,9% sobre igual intervalo do ano passado.
A receita de passageiros aumentou 401,7% ano contra ano, “mostrando uma clara recuperação da demanda principalmente após a aceleração da vacinação no Brasil”, afirma a companhia aérea no documento.
O lucro operacional da Azul medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado fechou o segundo trimestre em R$ 50,9 milhões negativos. Um avanço de 84,3% frente aos R$ 324,3 milhões de um ano atrás.
O resultado trimestral da Azul também reportou avanço de 139,3% de outras receitas, na comparação anual, com impulso do segmento de cargas, que continua fortalecendo os números da companhia.
Caixa e dívidas da Azul
A companhia aérea disse que encerrou o trimestre com um recorde de R$ 5,5 bilhões de liquidez imediata, incluindo caixa, equivalentes de caixa, investimentos e recebíveis de curto prazo. Isto representa 90,4% da receita dos últimos doze meses.
Em relação à dívida líquida, ao final de junho de 2021 o valor somava R$ 13,835 bilhões, queda de 12,7% frente aos R$ 15,851 bilhões do mesmo período do ano passado.
Mas a Azul informa que “esse valor não considera as debêntures conversíveis, dado que o preço da ação está consideravelmente acima do preço de exercício”.
Cotação atual e recomendação
Às 16h15, as ações da Azul (AZUL4) no Ibovespa caíam 1,03%, cotados a R$ 37,31.
Para a Ativa Investimentos, a Azul demonstrou diligência em seus custos e despesas operacionais, mitigando maiores efeitos negativos em seu resultado. Com isso, eles classificaram o balanço como neutro e mantiveram a recomendação de compra “baseados na expectativa de melhores resultados a partir do 3T21 e diante de situação de liquidez mais confortável após sucesso de emissão de dívidas no valor de US$ 600 milhões”.