A Azul (AZUL4) registrou um prejuízo líquido de R$ 3.140 bilhões no segundo trimestre deste ano. No ano passado, no mesmo período, a companhia aérea teve lucro de R$ 343,2 milhões. As informações foram divulgadas pela empresa nesta quinta-feira (13).
O prejuízo operacional da Azul no período foi de R$ 820 milhões, excluindo eventos não-recorrentes. Já o prejuízo líquido excluindo variação cambial e marcação a mercado foi de R$1,5 bilhão, ou R$ 4,28 por ação preferencial (PN) e R$2,38 por ADR. A receita líquida da companhia ficou em R$ 401,6 milhões no trimestre encerrado em junho, uma queda de 84,7%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou negativo em R$ 324,3 milhões. O valor registrado no mesmo intervalo do ano anterior foi de R$ 733,2 milhões. A margem Ebitda passou 28% para -80,8% em um ano.
A dívida bruta da Azul ficou em R$ 18,859 bilhões. O montante representa uma alta de 55,8% frente ao segundo trimestre do ano passado. “Desde o fechamento do trimestre, a Companhia firmou acordos comerciais com seus parceiros financeiros e está confiante de que poderá rolar todos os pagamentos de dívida em 2020 e 2021 à medida que se aproxima dos seus vencimentos”, informou a companhia em seu balanço.
O presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou em parte do balanço divulgado pela empresa que “o segundo trimestre de 2020 foi, sem dúvida, o mais desafiador da história da aviação”.
O número de passageiros pagantes da Azul no segundo trimestre de 2020 foi de 859 mil, um tombo de 86,9% em relação aos 6,551 milhões no mesmo intervalo do ano passado.
“A paralisação da economia global desde a segunda quinzena de março fez com que as viagens aéreas ao redor do mundo fossem severamente prejudicadas. No Brasil não foi diferente,e a demanda de passageiros diminuiu 85% durante o segundo trimestre, ao passo que o real desvalorizou 38% ano contra ano, pressionando ainda mais nossos custos. Como resultado, reportamos uma queda acentuada na receita, o que levou a um prejuízo líquido no trimestre. Apesar dos desafios excepcionais durante esse trimestre, evoluímos muito rapidamente da reação inicial à crise para um esforço de proteção de liquidez, e implementamos uma ampla gama de iniciativas que formaram o ‘Plano de Retomada’. Também nos adaptamos às mudanças dramáticas de demanda, desde as altas no início de 2020 para as baixas do início de abril até o cenário de recuperação em que estamos hoje”, destacou a Azul em seu balanço.