Azul (AZUL4) foi a pior ação do Ibovespa em 2024: o que aconteceu?

As ações da Azul (AZUL4) lideram as perdas do Ibovespa em 2024, de acordo com um levantamento realizado pelo Investing.com. O ranking, feito no dia 19 de dezembro, aponta uma variação negativa dos papéis da companhia aérea de mais de 77% no acumulado deste ano.

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Em um ano marcado pela variação negativa do Ibovespa, com a maior parte dos ativos do índice acionário em queda, as ações da Azul se destacaram negativamente. Na lista das empresas com pior desempenho, AZUL4 é seguida pelas ações da Cogna (COGN3), que recuaram 71% até a data do levantamento, e depois por Magazine Luiza (MGLU3), com baixa de 67,6%. 

Por que as ações da Azul caíram?

As perdas dos papéis da companhia aérea ocorreram em meio a uma série de notícias turbulentas envolvendo a empresa. A Azul preocupou o mercado após comunicar uma dívida de US$ 580 milhões (cerca de R$ 3,5 bilhões). 

Para reduzir as dívidas, a empresa chegou a um acordo com credores que envolve a utilização de 100 milhões de ações preferenciais da companhia como forma de pagamento de até R$ 3 bilhões em dívidas. Com o avanço das negociações com os credores, os papéis da companhia saltaram em diversas sessões, mas os ganhos não foram suficientes para sustentar a recuperação dos ativos.

Além disso, em setembro deste ano, a BlackRock, uma das principais gestoras do mundo, vendeu parte das ações da empresa que detinha. Com isso, a participação da gestora na companhia caiu para menos de 5% – cerca de 4,716% do total das ações preferenciais da aérea.

Em meio ao processo de reestruturação de dívidas, a companhia encerrou o terceiro trimestre deste ano com um prejuízo líquido ajustado de R$ 203 milhões. O número indica uma redução de 76,2% em relação a perda de um ano antes.

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Vale a pena investir em AZUL4?

Algumas das principais instituições financeiras ainda demonstram preocupações em relação aos papéis da Azul. A agência de classificação de risco Moody’s reforçou o rating de Caa2 para AZUL4, avaliação que é utilizada para empresas com alto risco de crédito, e manteve também a perspectiva negativa para a companhia. 

Já a XP Investimentos possui uma visão neutra para os papéis da Azul no próximo ano, com um preço-alvo de R$ 6,60 por ação, considerando um “cenário de diluição altamente incerto e um perfil de alavancagem atualmente alto”. 

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Giovanna Oliveira

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