A Azul (AZUL4) informou nesta quinta-feira (29) que desenvolveu um novo plano estratégico para melhorar sua estrutura de capital e liquidez, em resposta aos desafios econômicos atuais que vinha enfrentando.
A declaração foi feita após reportagens sugerirem que a Azul poderia estar considerando uma oferta de ações e a busca por proteção contra credores nos EUA, através do Chapter 11. A empresa diz que as notícias foram mal-interpretadas.
Em fato relevante divulgado para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia informou que está em negociações com seus principais stakeholders para otimizar a estrutura de equity, seguindo o plano de otimização de capital do ano passado.
“Os stakeholders estão demonstrando apoio e as negociações estão avançando na direção de melhores resultados para todas as partes. Como temos demonstrado consistentemente, a Azul sempre favorece soluções amigáveis e comerciais que maximizam valor para todos os seus stakeholders”, afirma.
A AZUL4 informou ainda que possui a capacidade adicional de captação de recursos, utilizando a Azul Cargo como garantia primária, de até US$ 800 milhões, além de outras fontes de liquidez, lembrando que recentemente o Congresso brasileiro aprovou uma lei que facilita o acesso das companhias aéreas a linhas de crédito com apoio do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC).
A empresa ainda informou que está mantendo diálogos com o Grupo Abra, acionista controlador da Gol, sobre possíveis parcerias ou fusões com a companhia, mas que até o presente momento não há nenhum acordo firmado.
Com Estadão Conteúdo
Ações da Azul (AZUL4) despencam nesta quinta-feira
Por volta das 15h35 desta quinta-feira (29), as ações da Azul (AZUL4) despencam 20,97% a R$ 5,73, com o mercado digerindo rumores sobre uma renegociação de dívidas da companhia.
Uma notícia da Bloomberg com fontes anônimas a par do tema cita que a Azul avalia possibilidades que vão de uma oferta de ações ou até mesmo uma recuperação judicial nos Estados Unidos – procedimento conhecido como Chapter 11, o mesmo no qual a GOL (GOLL4) se encontra.
Segundo as fontes ouvidas pelo veículo, isso se dá por conta de as dívidas da Azul terem, em um volume relevante, vencimentos de curto prazo.