Moody’s rebaixa nota de crédito da Azul (AZUL4) e ações caem forte
A Azul (AZUL4) informou que a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou o rating corporativo da companhia aérea de CAA1 para CAA2. Com isso, as ações da empresa abriram o pregão desta segunda-feira (23) em forte queda.
A Moody’s também rebaixou a classificação da dívida sênior garantida da Azul de B3 para CAA1 e o rating das dívidas seniores garantidas da Azul Secured Finance LLP (Delaware) de CAA1 para CAA2.
Por volta das 10h40 desta segunda-feira, as ações da Azul (AZUL4) operavam em queda de 3,80% a R$ 5,06.
O rebaixamento da Azul, segundo relatório, reflete os resultados mais fracos da empresa em 2024, que provocaram uma queima de caixa e aumentaram os riscos de liquidez. No primeiro semestre de 2024, a companhia gerou R$ 1,2 bilhão em EBIT (lucro antes de juros), mas as elevadas necessidades de capital de giro, a carga da dívida e as despesas de capital resultaram em uma queima de caixa cumulativa de R$ 1,2 bilhão nesse mesmo período.
A Moody’s também destaca que a posição de caixa da Azul caiu para R$ 1,4 bilhão no final de junho de 2024, em comparação com aproximadamente R$ 1,9 bilhão no final de 2023. Além disso, a empresa possui R$ 5,9 bilhões em obrigações financeiras e de arrendamento que vencem a curto prazo. Como consequência, a agência de risco afirma que o risco de liquidez da Azul aumentou, e a empresa precisará buscar novas negociações com arrendatários e financiamento adicional para atender suas necessidades de liquidez.
O relatório afirma que “a classificação familiar corporativa Caa2 da Azul (CFR) reflete a exposição da empresa à volatilidade do setor aéreo e aos crescentes riscos macroeconômicos, além de seus indicadores de crédito ainda fracos.” O documento também observa que a Azul apresenta um balanço altamente alavancado e uma cobertura de juros deficiente, o que limita sua geração de fluxo de caixa livre (FCF).