A Azul (AZUL4) comunicou ao mercado o fim de seu acordo de codeshare (voos compartilhados), que começou em agosto do ano passado, com a Latam Airlines Brasil.
Segundo a companhia aérea, o acordo foi uma solução estratégica em resposta à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Mas com a retomada da economia, a Azul acredita estar “emergindo desta crise” e decidiu, juntamente com a Latam, encerrar o codeshare.
“A Azul está emergindo desta crise em uma posição de liderança em termos de liquidez, recuperação de malha e vantagens competitivas. Nossos planos não mudaram e estou confiante de que estamos na melhor posição para buscar alternativas estratégicas neste momento”, escreveu o CEO da companhia, John Rodgerson, no documento.
Anterior ao comunicado da Azul, a Latam também havia se pronunciado sobre o acordo e informou que o fim se efetivará dentro de 90 dias, em 22 de agosto de 2021. A companhia aérea sinaliza também momento de retomada de crescimento no país.
“Este acordo foi uma alternativa identificada pelas duas empresas para enfrentar a queda de vendas e redução de malha durante o auge da pandemia. Com a perspectiva de melhoria, não há mais sentido. Além disso, tanto a expansão quanto o volume de passageiros que se beneficiam deste acordo ficaram aquém das expectativas iniciais da Latam durante o ano de 2021″, escreveu o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier.
Azul estima Ebitda para 2022 de cerca de R$ 4 bilhões
A Azul anunciou no início deste mês suas projeções para o final deste ano e 2022. A previsão da companhia aérea é de alcançar um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de cerca de R$ 4 bilhões em 2022. Em 2019, o indicador ficou em R$ 3,6 bilhões.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Azul lembra que em 2020, o Brasil teve uma das recuperações de demanda mais aceleradas do mundo.
“Embora o País tenha sido impactado por uma segunda onda da pandemia, a vacinação está acelerando e acreditamos que isso terá o mesmo efeito positivo que vemos em outros países à frente em seus esforços de vacinação”, diz a empresa.
A companhia afirma ainda acreditar que com isso iniciará 2022 com sua operação totalmente recuperada.
“Combinado com o crescimento da receita da Azul Cargo, nossas iniciativas de redução de custos e um ambiente competitivo racional, esperamos gerar Ebitda de aproximadamente R$ 4 bilhões em 2022 em comparação com R$ 3,6 bilhões em 2019″.