A Azul (AZUL4) deu início a demissão de colaboradores que trabalham em aeroportos e na manutenção de aviões, chamados de “funcionários de terra”, na semana passada. A informação foi dada por Patrícia Gomes, coordenadora da região sul do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), ao jornal “O Estado de S. Paulo”, na última segunda-feira (6).
De acordo com Patrícia, mais de mil colaboradores da Azul já foram demitidos no Brasil. Não são todos que estão ligados ao sindicato, segundo ela. As negociações com a aérea para um acordo estariam paralisadas e o sindicato já pediu a intermediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) em relação ao assunto.
Em resposta ao jornal, a Azul afirmou que a crise em decorrência da pandemia de coronavírus impactou a economia mundial atingindo diversos setores, e mais ainda o setor aéreo. A companhia informou que está buscando soluções para enfrentar esta crise, assim como todas as outras empresas aéreas.
A Azul destacou que, entre as soluções, a companhia também tem buscado preservar os empregos de seus tripulantes. Na semana passada, a Azul fechou um acordo com o Sindicato dos Aeronautas e as negociações individuais com mais de dez sindicatos que representam os trabalhadores do setor. Com isso, a companhia conseguiu preservar mais de 5 mil empregos.
“Mesmo com todas essas ações, parte dos tripulantes está deixando a empresa nessa semana. A companhia ressalta que está cuidando do assunto da melhor forma possível e oferecendo todas as garantias previstas em lei”, informou a Azul em nota. De acordo com a coordenadora do SNA, a intenção da Azul agora é deixar de operar 27 bases em aeroportos pequenos de todo o Brasil.
Segundo Jason Ward, vice-presidente de Pessoas e Clientes da companhia aérea, mesmo com as demissões e programas de demissão voluntária, a Azul deverá retomar seu crescimento em um futuro próximo.