Azul (AZUL4) anuncia oferta para emissão de títulos; empresa mira captar US$ 700 milhões, diz jornal
A Azul (AZUL4) vai lançar, pela sua subsidiária, Azul Secured Finance LLP, uma oferta privada de títulos de dívida seniores com garantia prioritária e vencimento em 2028. A aérea tem a expectativa de captar uma quantia de US$ 700 milhões com emissão de títulos de dívida externa (bonds), informa o Valor Econômico. Hoje, as ações da empresa despencaram no Ibovespa.
Em fato relevante, a aérea afirma que a oferta faz parte do plano de reestruturação abrangente e permanente que visa otimizar a estrutura de capital e aumentar a posição de liquidez da Azul.
“A empresa pretende usar os recursos líquidos para o pagamento de certas dívidas existentes e outras obrigações e também para outros fins corporativos” , diz em comunicado a empresa.
Os títulos de dívida serão assegurados pela companhia e suas subsidiárias Azul e Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A., IntelAzul S.A., ATS Viagens e Turismo Ltda., Azul IP Cayman Holdco Ltd. e Azul IP Cayman Ltd e garantida em uma base primária por um pacote de garantia compartilhada que também garantirá outras dívidas e outras obrigações.
“O pacote de garantias compartilhadas compreende certos recebíveis gerados pelo TudoAzul (programa de fidelidade da Companhia), certos recebíveis gerados pela Azul Viagens (negócio de pacotes de viagem da companhia) e certas marcas, nomes de domínio e algumas outras propriedades intelectuais usadas pelos negócios aéreos da Azul”, acrescenta a empresa.
Taxa da emissão dos papéis é de 12%, segundo jornal
Segundo informações do Valor Econômico, os papéis da Azul terão vencimento daqui a 5 anos, com taxas de emissão colocadas inicialmente em 12%.
A precificação da emissão deverá ocorrer nesta quinta (13). Os coordenadores da operação são Citi, Itaú BBA, Jefferies, J.P. Morgan e UBS, disseram fontes.
Azul reduziu prejuízo em 10% no 1T23
De acordo com o balanço da Azul do 1T23, a empresa fechou o primeiro trimestre de 2023 com um prejuízo líquido ajustado de R$ 727,6 milhões, queda de 10% ante o 1T22. Segundo a empresa, o “resultado líquido foi ajustado por resultados não realizados de derivativos e taxa de câmbio”.
Confira os principais números do balanço:
- Receita líquida total: R$ 4.478 bilhões, alta de 40,3% ante 1T22;
- Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização): R$ 1.030 bilhão, alta de 73,8% ante 1T22;
- Resultado líquido ajustado: Prejuízo de R$ 727,6 milhões, queda de 10% ante 1T22;
Para o resto deste ano, a companhia estima que o crescimento de sua capacidade será de aproximadamente 14% ante 2022. “Combinado com o crescimento contínuo da receita, nossas iniciativas de redução de custos e um ambiente competitivo racional, continuamos confiantes em um Ebitda para 2023 de cerca de R$ 5,5 bilhões excluindo itens não recorrentes”, afirmou a gestão.
Cotação
Hoje, as ações da Azul lideram entre as maiores baixas do Ibovespa, com queda de 5,04%, cotadas em R$ 18,45.
Cotação AZUL4