A Azul (AZUL4) informou, na noite da última terça-feira (11), que negociou um novo perfil de pagamento com seus arrendadores de aeronaves. Com isso, a aérea poderá economizar R$ 3,2 bilhões em capital de giro, do início da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) até o fim de 2021.
De acordo com o fato relevante, os acordos renegociados representam mais de 98% do passivo de arrendamento da Azul, e as conversas com os demais arrendadores continuam evoluindo.
A empresa informou que, com os novos acordos, “o cronograma de pagamento será baseado em uma estimativa conservadora de retomada da demanda”. A aérea espera pagar R$ 566 milhões em aluguel dos aviões entre abril e dezembro deste ano, uma redução de 77% sobre o valor acordado inicialmente. Os aluguéis serão elevados em compensação a partir de 2023. Caso contrário, certos contratos serão estendidos a taxas de mercado.
Além disso, após chegar a um acordo com seus parceiros, a empresa estima que o passivo de arrendamento diminua R$ 3,4 bilhões entre o fim de março e dezembro, atingindo R$ 12,5 bilhões no fim de 2020. O montante é um reflexo do valor presente dos contratos renegociados de acordo com o IFRS 16.
“Arrendadores de aeronaves representam em torno de 80% de nossa dívida total, e portanto estes acordos
são um passo importante para garantir que sairemos desta crise mais fortes e comprometidos com essas
parcerias de longo prazo. Estamos orgulhos do apoio que temos recebido de nossos parceiros que, além de
arrendadores, incluem tambem nossos tripulantes, bancos e fornecedores”, afirmou Alex Malfitani, CFO da Azul, no comunicado.
Azul diz que demanda por voos subiu 40,7% em julho
Segundo os resultados preliminares de tráfego de julho da Azul, a demanda total por voos, medida por passageiros-quilômetro transportados (RPK, na sigla em inglês), apresentou um aumento de 40,7% em relação a junho. Por sua vez, a oferta de assentos (ASK) da Azul registrou, no mês passado, um aumento de 33,3%.
Desse modo, a taxa de ocupação aumentou 4,1 pontos percentuais, para 79,4% doméstica e 81,0% internacional.
“O crescimento sequencial de nossa capacidade foi muito bem sucedido e esperamos que esta tendência de aumento de demanda continue nos próximos meses. Nossa frota diversificada nos permite adequar nossa capacidade à demanda de passageiros, e estou confiante em nossa habilidade de reconstruir nossa malha ao longo do tempo”, disse o CEO da Azul, John Rodegerson.