A companhia aérea Azul (AZULL4) divulgou seus dados operacionais de fevereiro, quando registrou queda na demanda por voos (RPK) de 34,4% na comparação com o mesmo mês de 2020, e de 17,8% na comparação com fevereiro de 2019.
A oferta de assentos da Azul (ASK) caiu 32,1% na comparação com fevereiro do ano passado, e 15% em relação a 2019. Assim, a taxa de ocupação fechou o mês passado em 78,4%, caindo 2,7 pontos tanto na comparação com 2020 quanto com 2019.
As maiores quedas foram apuradas nos voos internacionais, com recuos de 96,6% na demanda, em um ano, e de 95,8% na oferta. Assim, a taxa de ocupação caiu de 79,9% para 65,7%.
Nos voos domésticos, a queda anual da RPK foi de 14,2%, e na ASK, foi de 11,1%. A taxa de ocupação caiu 2,9 pontos porcentuais, para 78,6%.
Azul tem prejuízo de R$ 918,2 milhões no 4T20
A Azul teve no quarto trimestre de 2020 um prejuízo ajustado de R$ 918,2 milhões, revertendo o lucro de R$ 411,2 milhões auferidos no mesmo período de 2019. No ano, o prejuízo líquido ajustado da aérea foi de R$ 4,6 bilhões. Já o não ajustado foi de R$ 10,1 bilhões, o maior de toda a história.
Apesar disso, a companhia apontou que houve uma melhora no cenário do setor. “A recuperação da demanda doméstica no Brasil continua sendo uma das mais aceleradas do mundo”, diz no documento.
A receita líquida da companhia caiu 45,1% na base anual, saindo de R$ 3,25 bilhões para R$ 1,78 bilhão. Na comparação dos consolidados dos últimos dois anos da Azul, a queda foi de 53,3%, saindo de R$ 10,9 bilhões em 2019 para R$ 5,8 bilhões em 2020.
A Azul destaca, ilustrando a recuperação do mercado, que houve alta da receita na base trimestral, que foi de R$ 805,3 milhões entre julho e setembro para R$ 1,8 bilhão entre outubro e dezembro, avanço de 121,5%, sinalizando uma recuperação.
O Ebitda ajustado da Azul no quarto trimestre foi de R$ 192,9 milhões, muito menor do que o R$ 1,22 bilhão registrados no mesmo período de 2019, mas revertendo o prejuízo de R$ 258 milhões do terceiro trimestre de 2020. A margem Ebitda no consolidado do ano foi de 4,6%, ante 31,7% em 2019.
(Com informações do Estadão Conteúdo)