A Azul (AZUL4) anunciou nesta terça-feira (28) a conclusão de sua reestruturação financeira, abrangendo acordos com detentores de títulos, arrendadores, fabricantes e fornecedores.
O processo resultou na extinção de aproximadamente US$ 1,6 bilhão em dívidas da Azul e na captação de US$ 525 milhões adicionais, fortalecendo a liquidez da companhia e reduzindo sua alavancagem.
Com a reestruturação, a alavancagem da Azul passou de 4,8 vezes para 3,4 vezes em relação ao nível registrado no terceiro trimestre de 2024. A empresa destacou que essas medidas contribuirão para melhorar sua estrutura de capital e aumentar sua flexibilidade financeira no futuro.
Entre os principais acordos firmados, estão as negociações com arrendadores e fabricantes, que resultaram na conversão de US$ 557 milhões em obrigações em 94 milhões de novas ações AZUL4, cuja emissão está prevista para o primeiro trimestre de 2025.
Além disso, US$ 243,6 milhões em notas existentes foram substituídos por novos acordos comerciais, permitindo ajustes nos prazos de vencimento e inclusão de juros incorporados ao principal.
A companhia também emitiu novas notas sem garantia com vencimento em 2032, e com os detentores de títulos, foram emitidos US$ 525 milhões em Notas Superprioritárias, com vencimento em 2030.
Ainda no mesmo processo, a Azul converteu US$ 784,6 milhões em notas de 2029 e 2030 por ações preferenciais, com um cronograma de conversão até abril de 2025.
A empresa ressaltou que essas iniciativas resultarão em uma melhoria no fluxo de caixa de aproximadamente US$ 300 milhões entre 2025 e 2027.
O financiamento obtido com as Notas Superprioritárias também foi considerado essencial para garantir maior estabilidade financeira e sustentar o crescimento da companhia nos próximos anos.
O acordo com os arrendadores, firmado em outubro do ano passado, foi um dos pontos fundamentais dessa reestruturação, fortalecendo a geração de caixa da Azul e melhorando sua estrutura de capital.
