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Azul (AZUL4) conclui reestruturação, mas diluição preocupa

Azul Linhas Aéreas

Azul (AZUL4). Foto: Getty Images

A Azul (AZUL4) anunciou a conclusão do processo de reestruturação de suas obrigações com arrendadores e detentores de dívida. Em relatório, o Goldman Sachs avalia o movimento, bem como os próximos passos da companhia.

Além da reestruturação, a AZUL4 também finalizou a emissão de notas superprioritárias no valor de US$ 525 milhões, com vencimento em 2030. Segundo a empresa, as medidas contribuirão para a melhora da liquidez e da geração de caixa nos próximos anos.

Reestruturação com Arrendadores e Fornecedores

Reestruturação com Detentores de Dívida

Atualmente, a Azul tem um valor de mercado de aproximadamente US$ 264 milhões e 348 milhões de ações em circulação. Com a emissão de 94 milhões de ações da Azul para arrendadores e fornecedores, os acionistas atuais enfrentarão uma diluição de 27%.

Além disso, considerando a conversão de 35% da dívida, estima-se a emissão de 147 milhões de novas ações, aumentando a diluição para 42%. Já a conversão de 52,5% das notas em debêntures conversíveis resultaria em aproximadamente 233 milhões de novas ações, elevando a diluição para 67%.

No total, com todas as emissões previstas no processo de reestruturação da Azul, a companhia terá um acréscimo de 475 milhões de novas ações, resultando em uma diluição de aproximadamente 136% para os acionistas atuais.

Apesar da significativa diluição, o Goldman Sachs destaca que a reestruturação melhora a estrutura de capital da Azul e fortalece sua liquidez no curto prazo.

A redução do endividamento é um ponto positivo, diz o relatório, mas foi alcançada à custa de uma expressiva emissão de novas ações, impactando diretamente os acionistas.

Assim, a casa mantém recomendação neutra para a Azul, com preço-alvo de R$ 5,40 para AZUL4 e US$ 2,70 para os ADRs negociados nos EUA.

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