A Azul (AZUL4) e a Latam Airlines Brasil comunicaram ao mercado ontem (24) sobre fim do acordo de voos compartilhados, que começou em agosto do ano passado. Frente a isso, com a intenção de comprar parte da concorrente no Brasil, a Azul estaria conversando com arrendadores de aeronaves, segundo fontes informaram ao jornal Valor Econômico nessa terça-feira (25).
Vale destacar que desde o início do acordo, já corriam boatos no mercado de que a Azul estaria interessada em comprar as operações da Latam Brasil, mas a companhia chilena resistiu.
Além disso, o plano de recuperação judicial da Latam precisa ser apresentado até o mês de julho e com isso, segundo as fontes afirmaram ao jornal, a Azul estaria tentando convencer credores sobre a importância do acordo.
No entanto, mais cedo nesta terça-feira, o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, afirmou em entrevista ao jornal que “não tem, não teve e não existe nenhum interesse na separação, venda ou negociação da Latam Brasil. A Latam Brasil não está à venda”.
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Azul e Latam encerram acordo de voos compartilhados
A Azul comunicou ao mercado o fim de seu acordo de codeshare (voos compartilhados), que começou em agosto do ano passado, com a Latam Airlines Brasil.
Segundo a companhia aérea, o acordo foi uma solução estratégica em resposta à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Mas com a retomada da economia, a aérea acredita estar “emergindo desta crise” e decidiu, juntamente com a Latam, encerrar o codeshare.
“A Azul está emergindo desta crise em uma posição de liderança em termos de liquidez, recuperação de malha e vantagens competitivas. Nossos planos não mudaram e estou confiante de que estamos na melhor posição para buscar alternativas estratégicas neste momento”, escreveu o CEO da companhia, John Rodgerson, no documento.
Por sua vez, o presidente da Latam Brasil escreveu que o acordo com a Azul “foi uma alternativa identificada pelas duas empresas para enfrentar a queda de vendas e redução de malha durante o auge da pandemia. Com a perspectiva de melhoria, não há mais sentido. Além disso, tanto a expansão quanto o volume de passageiros que se beneficiam deste acordo ficaram aquém das expectativas iniciais da Latam durante o ano de 2021″.