Em resposta a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Azul (AZUL4) confirmou que está em negociações para a captação de recursos.
A aérea disse que está analisando diversas modalidades de negócio para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado.
Além disso, afirmou estar analisando outras formas de captação adicional de recursos, por meio do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e utilizando a Azul Cargo como garantia, no valor de até US$ 800 milhões.
A declaração ocorre na esteira das preocupações com a saúde financeira da Azul e a renegociação de dívidas da empresa.
Uma notícia da Bloomberg com fontes anônimas a par do tema cita que a Azul avalia possibilidades que vão de uma oferta de ações ou até mesmo uma recuperação judicial nos Estados Unidos – procedimento conhecido como Chapter 11, o mesmo no qual a GOL (GOLL4) se encontra.
Segundo as fontes ouvidas pelo veículo, isso se dá por conta de as dívidas da Azul terem, em um volume relevante, vencimentos de curto prazo.
A oferta de ações da Azul já estaria sendo discutida junto ao Citi, que deve assessorar a companhia aérea.
Outra hipótese no radar da AZUL4 seria uma emissão de novas dívidas por meio da unidade de carga da companhia.
Em simultâneo, a empresa segue em diálogo com agentes do mercado para uma eventual fusão com a GOL.
Diante disso, na última semana, a gestora BlackRock vendeu papéis da Azul e reduziu sua participação na empresa para aproximadamente 4,716% do total de ações preferenciais da companhia aérea.
Em comunicado, a Azul disse ter sido informada pela gestora que as participações societárias detidas pela BlackRock passaram a ser, de forma agregada, de 14.841.071 ações PN e 331.819 ADRs, que representam 995.457 ações PN. Com isso, o total é de 15.836.528 ações AZUL4.