O BTG Pactual elevou o rating da Azul (AZUL4) de neutro para compra, e aumentou o preço-alvo de R$ 26 para R$ 47. Segundo o banco, os resultados da empresa superaram as expectativas em termos operacionais. Além disso, os analistas do BTG acreditam que a empresa fez um “bom trabalho” em termos de gestão de riscos.
Entre as principais ações lançadas pela Azul para melhorar a liquidez estão:
- A emissão de R$ 1,7 bilhão em debêntures conversíveis.
- O acordo com bancos que ofereceram alívio de capital de giro de R$ 3,2 bilhões desde o começo da crise.
- Acordos comerciais com múltiplos parceiros comerciais para prolongar pagamentos de dívidas, retirando R$ 657 milhões da dívida de curto prazo.
“Com as iniciativas acima, a Azul conseguiu reduzir sua queima de caixa diária para R$ 1,5 milhão (ante R$ 2,5 milhões anteriormente) e economizar R$ 8 bilhões em capital de giro entre março de 2020 e dezembro de 2021.
BTG prevê recuperação da oferta da Azul
Além disso, apesar de ter maior exposição a rotas internacionais do que a Gol, a Azul continua conservadora em relação a voos internacionais e tem se concentrado em voos domésticos. “Nós achamos esta iniciativa positiva dado à retomada mais lenta esperada para os voos internacionais”, disse o BTG.
Em outubro, os dados da Azul mostraram uma recuperação mensal, com a oferta (ASK) caindo 42%, queda mais suave que a de 58% vista em setembro. Para o quarto trimestre, a empresa espera uma queda de 30% na comparação anual.
“Esta consistente melhora mensal confirma que a pior fase em termos de oferta ficou para trás, e reforça nossas expectativas de que o desempenho do tráfego vai continuar a se recuperar gradualmente daqui para frente, especialmente nas rotas domésticas, nas quais a Azul tem uma forte presença”, disse o BTG.
O banco prevê uma queda anual de 44% no ASK em 2020 e um crescimento de 59% em 2021.
As ações da Azul lideram hoje as altas do Ibovespa, subindo 5,6%, a R$ 38,96, por volta de 12h54, enquanto o Ibovespa caía 0,78%.