A gestora BlackRock vendeu ações da Azul (AZUL4) e reduziu sua participação na empresa para aproximadamente 4,716% do total de papéis preferenciais da companhia aérea.
Em comunicado, a Azul disse ter sido informada pela gestora que as participações societárias detidas pela BlackRock passaram a ser, de forma agregada, de 14.841.071 ações PN e 331.819 ADRs, que representam 995.457 ações PN. Com isso, o total é de 15.836.528 ações AZUL4.
A gestora ainda detém 590.354 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações preferenciais com liquidação financeira.
Segundo a BlackRock, o objetivo das participações societárias é estritamente de investimento. Ou seja: não têm objetivo de alterar o controle acionário ou a estrutura administrativa da companhia.
O movimento ocorre em um momento no qual as preocupações com a saúde financeira da Azul aumentam, em meio aos rumores sobre uma renegociação de dívidas da companhia.
Uma notícia da Bloomberg com fontes anônimas a par do tema cita que a Azul avalia possibilidades que vão de uma oferta de ações ou até mesmo uma recuperação judicial nos Estados Unidos – procedimento conhecido como Chapter 11, o mesmo no qual a GOL (GOLL4) se encontra.
Segundo as fontes ouvidas pelo veículo, isso se dá por conta de as dívidas da Azul terem, em um volume relevante, vencimentos de curto prazo.
A oferta de ações da Azul já estaria sendo discutida junto ao Citi, que deve assessorar a companhia aérea.
Diante disso, no último dia 29 de agosto, as ações da Azul (AZUL4) amargaram queda de 24,14% a R$ 5,50. Já na última segunda-feira (02), o tombo foi de 18,18% a R$ 4,41.
Conforme o resultado trimestral mais recente, referente ao segundo trimestre de 2024 (2T24), a dívida bruta da Azul é de R$ 28,1 bilhões – representando um crescimento de 15% ante os R$ 24,3 bilhões vistos ao fim do trimestre imediatamente anterior.
No caso da dívida líquida da Azul, a companhia soma R$ 24,6 bilhões, crescimento de 18% ante os R$ 20,8 bilhões vistos no fim do 1T24.