Azul (AZUL4) reduz prejuízo no 3T e vê demanda aquecida

A Azul (AZUL4) anunciou prejuízo líquido ajustado de R$ 203 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 76,3% ante o desempenho negativo de 856 milhões registrado no mesmo período de 2023. Em conferência de resultados, a companhia afirmou que a demanda por voos segue aquecida.

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O EBITDA ajustado da Azul foi de R$ 1,653 bilhões, um aumento de 6% em relação ao ano anterior. O número foi impulsionado principalmente por receitas unitárias (RASK) melhores do que o esperado.

Confira outros pontos de destaque do balanço da Azul:

Receitas Unitárias (RASK): Subiram cerca de 1% em relação ao ano anterior (+12% no trimestre, 3 p.p. acima das estimativas)

Custos Unitários (CASK): Permaneceram estáveis em comparação com o ano anterior, com o CASK de combustível aumentando 5%, mas compensado pelo CASK excluindo combustível, que diminuiu aproximadamente 3%

Margem EBITDA: Alcançou aproximadamente 32,2%, estável em relação ao ano anterior, mas com uma expansão de 7 p.p. no trimestre e 3 p.p. acima das estimativas. As margens do 3T implicam uma margem anualizada de aproximadamente 30,9%, em linha com as projeções de aproximadamente 31% para o ano fiscal de 2024.

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A AZUL4 observa uma demanda sólida para voos domésticos neste trimestre e defende que tarifas mais altas são necessárias para que as empresas possam enfrentar o cenário de juros elevados, a volatilidade cambial e o atraso na entrega de aeronaves mais eficientes, conforme afirmaram executivos em conferência de resultados nesta quinta-feira (14).

“O setor precisa de tarifas maiores para lidar com o cenário macroeconômico”, disse o CEO da Azul, John Peter Rodgerson.

Rodgerson também destacou as dificuldades enfrentadas por toda a indústria em relação à entrega de motores e aeronaves.

Os executivos da Azul afirmaram que observam uma boa recuperação nos meses de outubro e novembro. “Cada mês tem sido melhor que o anterior”, comentaram.

Rodgerson acrescentou que, a partir deste quarto trimestre, a Azul espera “ser mais produtiva”, em parte graças à retomada das operações em Porto Alegre, uma importante base para a empresa no Brasil, que foi afetada pelas chuvas intensas no Rio Grande do Sul no segundo trimestre.

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Guilherme Serrano

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