Azul (AZUL4) amplia perdas e anota prejuízo líquido de R$ 2,2 bilhões com desvalorização do real

A Azul (AZUL4) divulgou seu balanço trimestral reportando prejuízo líquido de R$ 2,24 bilhões no terceiro trimestre deste ano de 2021, ampliando as perdas em relação ao mesmo período do ano passado, quando o resultado foi negativo de R$ 1,22 bilhão.

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O resultado da Azul no 3T21 foi divulgado em balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira (11). No critério ajustado, a aérea reportou prejuízo líquido de R$ 766,2 milhões.

O resultado foi pressionado pela desvalorização do real que gerou perda de R$ 1,5 bilhão com aumento de dívidas em dólar, elevou preço dos combustíveis e custos de manutenção.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) alcançou R$ 485,6 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 198,3 milhões em igual período de 2020. Com isso, a companhia encerrou o período com margem Ebitda de 17,9%, queda de 6,7 pontos porcentuais na comparação anual.

A receita líquida total da empresa alcançou R$ 2,71 bilhões de julho a setembro, um aumento significativo em relação aos R$ 805,3 milhões registrados em igual intervalo do ano passado.

A receita de passageiros alcançou R$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre, ante R$ 624,5 milhões um ano antes. No balanço, a companhia afirma que o aumento da receita de passageiros “evidencia a recuperação da demanda à medida que a vacinação avança no Brasil”.

A receita de cargas totalizou R$ 317,6 milhões no trimestre, desempenho relacionado à “forte demanda em soluções logísticas e malha exclusiva”.

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Com problemas impostos pela pandemia, a aérea teve quedas de 35% no acumulado de 2020 e 26% neste ano de 2021. Agora, a companhia pretende crescer com a aguardada compra da Latam.

Azul prevê diminuição da alavancagem

Em entrevista exclusiva ao Suno Notícias, o CFO (Chief Financial Officer) e co-fundador da Azul, Alex Malfitani, citou que a alavancagem da companhia deve arrefecer nos próximos meses.

“Agora, com a retomada prevista para os próximos meses, o que deve acontecer é uma diminuição da alavancagem, já que a dívida dolarizada oscila com os impactos nominais”, disse o CFO, citando que a razão entre dívida e EBITDA deve cair a um dígito.

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“Temos um EBITDA [lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização] de quase zero nos últimos doze meses. Quando você coloca a dívida com relação a esse número, o indicador que resulta é quase infinito. Mas ele rapidamente vai reduzir para um número mais palatável, e aí a gente, em dois ou três anos, teremos um nível de alavancagem semelhante ao que tínhamos no pré-pandemia”, acrescenta.

“A dívida não vai abaixar tanto, mas a alavancagem da Azul vai diminuir por conta do aumento da receita e do EBITDA. A dívida diminuir, claro, mas não impacta tanto na ordem de grandeza”, conclui.

AZUL4 sobe após resultado

No pregão que sucede a divulgação do resultado trimestral da companhia, os papéis preferenciais da Azul sobem 4,46% cotados a R$ 27,62.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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