Azul (AZUL4): acordo com credores é um grande alívio, diz BTG
Nesta semana, a Azul (AZUL4) anunciou um acordo com seus credores para captar até US$ 500 milhões. E de acordo com o BTG Pactual, o movimento significa um “grande alívio” para a aérea.
Segundo os analistas, o acordo da Azul traz benefícios ao reduzir o risco de uma reestruturação de dívida mais ampla, incluindo uma possível proteção contra a falência (Capítulo 11 nos EUA).
Além disso, diz a casa, o movimento melhora a liquidez imediata da empresa e confirma acordos anteriores com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais (OEMs), diminuindo a possibilidade de diluição de capital por meio de instrumentos de dívida conversíveis.
O BTG Pactual destaca que em um acordo anunciado anteriormente, a Azul e os arrendadores concordaram em eliminar a obrigação de emissão de ações no valor de R$ 3,1 bilhões em troca de até 100 milhões de novas ações preferenciais (AZUL4). Esse acordo foi aceito por 98% dos arrendadores e OEMs, restando apenas um arrendador pendente.
Agora, a conversão será feita ao preço de R$ 31 por ação, implicando uma diluição de 22% no capital da empresa, contra uma diluição de 62% que era prevista no acordo anterior.
Os analistas também chamam a atenção para o fato de que, além desses acordos, o Congresso aprovou um programa de ajuda financeira com linhas de crédito apoiadas pelo FNAC (Fundo Nacional de Aviação Civil), disponibilizando R$ 5 bilhões para o setor.
A Azul, diz a casa, estuda ainda possíveis combinações de negócios com a Abra para sinergias adicionais, enquanto o mercado deverá acompanhar o uso dos recursos do FNAC pela Azul e os avanços na possível fusão com a Abra.
O BTG Pactual tem recomendação neutra para as ações da Azul (AZUL4), com preço-alvo de R$ 17, ao passo que os papéis são negociados na casa dos R$ 6 atualmente.
Neste ano de 2024, a Azul já acumula uma queda de aproximadamente 60%. Em outubro, os papéis recuam cerca de 2%.