Recuperação judicial da Azul (AZUL4) saiu do radar? Entenda motivo de ações subirem 20%

As ações da Azul (AZUL4) sobem cerca de 20% no pregão desta sexta-feira (13) após uma notícia da Reuters de que a companhia está próxima de fechar um acordo com arrendadores de avião.

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Assim, isso afastaria a possibilidade de uma recuperação judicial da Azul.

Segundo fontes familiarizadas com o assunto, a companhia está oferecendo ações AZUL4 para pagar cerca de US$ 600 milhões em dívidas.

“Há um momentum se formando para uma conclusão bem-sucedida de uma reestruturação extrajudicial”, disse uma das fontes à Reuters, acrescentando que a Azul e os arrendadores se encontraram em Nova York nas últimas semanas.

A Azul não comentou sobre as negociações à reportagem e também não se pronunciou até então.

No mês de agosto a empresa declarou que não estava considerando pedir recuperação judicial nos EUA e que ofereceria aos arrendadores uma fatia de ações para liquidar dívidas.

Segundo as fontes anônimas a par do tema, a maioria dos arrendadores da Azul já sinalizaram que concordam com os planos atuais.

A expectativa é de que o acordo seja assinado em algumas semanas.

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Nesse contexto, os arrendadores poderiam obter uma participação societária de cerca de 20% na empresa.

“Não é 100% o que a Azul gostaria nem 100% o que os arrendadores gostariam, mas pode ser uma boa maneira de aliviar esse peso”, disse uma das fontes.

Ainda em 2023 a empresa fechou acordo com arrendadores e fabricantes de equipamentos para dar a eles US$ 570 milhões em ações preferenciais avaliadas em R$ 36 cada como parte de sua reestruturação.

Azul teve retração intensa na bolsa após rumores de recuperação judicial

Apesar de a companhia ter dito diversas vezes que tem negociado com credores, o mercado se mantém cético por conta de uma notícia de algumas semanas atrás, da Bloomberg, de que a companhia aérea estaria estudando pedir recuperação judicial nos EUA – procedimento conhecido como Chapter 11.

Dentre as opções avaliadas para lidar com o endividamento também estariam uma oferta de ações e emissões de novas dívidas.

Esses rumores derrubaram os papéis da companhia na bolsa, provocando uma queda de 34% nas ações da Azul no acumulado dos últimos 30 dias.

Desde o início de 2024, a Azul soma uma retração de 68% na bolsa de valores.

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Eduardo Vargas

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