Azul (AZUL4): após redução de prejuízo no 4T23, Itaú BBA vê ‘ambiente saudável’ e recomenda compra

O Itaú BBA reiterou recomendação de compra para Azul (AZUL4), com preço-alvo de R$ 24, após a companhia divulgar seus dados operacionais do quarto trimestre de 2023 (4T23). Segundo o BBA, a receita líquida da Azul ficou ligeiramente acima do consenso, mas o crescimento maior que o esperado em algumas linhas de despesas impactou um pouco o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

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A ação da Azul opera em queda nesta quinta, após o balanço do 4T23: -6,09%, a R$ 13,26.

“Em nossa visão, o aumento de 4% no yield no 4T23 da Azul (apesar da dinâmica positiva do câmbio e do custo do combustível no trimestre) demonstra a demanda resiliente na indústria aérea brasileira, bem como um ambiente competitivo saudável no geral”, afirma o BBA. 

Além disso, os analistas apontam que a Azul mostrou uma melhora nos níveis de alavancagem, com a relação dívida líquida/EBITDA reportada caindo para 3,7x no 4T23. 

A empresa também revisou sua orientação de Ebitda em 2024 para cima, agora prevendo R$ 6,5 bilhões (antes eram R$ 6,3 bilhões e a estimativa do BBA ficava em R$ 6,2 bilhões), apoiada por um crescimento de 11% em ASKs (assentos-quilômetro oferecidos).

O CASK (Custo por ASK, Assentos Oferecidos por Quilômetro) diminuiu 1% em relação ao ano anterior, beneficiando-se de uma queda de 17% nos preços do combustível e da frota mais eficiente da Azul, que consome menos combustível por ASK, informa o BBA. 

Por outro lado, as despesas com pessoal dispararam 32% em relação ao ano anterior (aumento de 24% por ASK), atribuídas a um aumento de 5,5% nos salários após acordos com sindicatos, internalização de algumas atividades e expansão da equipe para apoiar o crescimento futuro.

“Embora reconheçamos esse forte nível de Ebitda da Azul, ele ficou ligeiramente abaixo das expectativas de R$ 1.53 bilhão, principalmente devido ao aumento das despesas com pessoal”, conclui o BBA.

Azul reduz prejuízo em 55% no 4T23

A Azul fechou o quarto trimestre de 2023 com prejuízo ajustado de R$ 270,6 milhões, queda de 55,7% na comparação anual, quando registrou perdas de R$ 610,5 milhões. A empresa divulgou seus resultados preliminares e não auditados do período na quinta-feira (28).

A receita líquida total da Azul chegou a R$ 5,030 bilhões no 4T23, aumento de 13,0% na comparação anual, “principalmente devido a um aumento robusto na receita de passageiros, apoiado pela forte contribuição de nossos outros negócios”, informou a Azul.

O Ebitda no quarto trimestre chegou a R$ 1,467 bilhão, ante R$ 1,097 bilhão registrado no mesmo período de 2022. A margem Ebitda também cresceu 4,5 pontos percentuais na comparação anual, alcançando 29,2%.

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As despesas operacionais da Azul chegaram a R$ 4,147 bilhões, 5,6% acima dos R$ 3,928 bilhões registrados no 4T22, “explicado principalmente pelo aumento de 6,5% na capacidade de passageiros, pela inflação de 4,5% no período e pelos investimentos feitos no trimestre para suportar o crescimento em 2024 e maximizar a disponibilidade da frota para aproveitar ambiente de demanda forte, compensado por uma redução de 17,3% no preço do combustível”, disse a Azul.

A Azul encerrou o trimestre com liquidez total de R$ 6,1 bilhões, incluindo investimentos e recebíveis de longo prazo, depósitos de segurança e reservas de manutenção.

liquidez imediata em 31 de dezembro de 2023 foi de R$ 3,0 bilhões, 18,8% acima do 4T22 e representando 16,2% da receita da Azul dos últimos doze meses.

Projeções para 2024

Para o ano de 2024, a Azul estima um Ebitda da aproximadamente R$ 6,5 bilhões, superior à estimativa anterior de R$ 6,3 bilhões, “principalmente devido a um aumento robusto na receita de passageiros, apoiado pela forte contribuição de nossos outros negócios”, disse a companhia.

A Azul espera aumentar a capacidade (ASK) em aproximadamente 11% em 2024, em comparação com 2023. “O crescimento esperado é impulsionado principalmente pela continuação do forte ambiente de demanda e da implementação de nossa estratégia de transformação de frota”, informou a aérea.

Por fim, a Azul destacou que espera uma alavancagem em torno de 3,0 vezes no final de 2024. “resultado do aumento no EBITDA esperado para 2024 e da nossa capacidade de continuar reduzindo a alavancagem organicamente”.

Desempenho das ações da Azul

Cotação AZUL4

Gráfico gerado em: 28/03/2024
1 Ano

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Vinícius Alves

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