O sucesso da operação da Avianca Brasil nos próximos anos depende da venda de uma parte de seu negócio e dos investimentos de US$ 75 milhões vindos de fundos de investimentos. A conclusão é de um relatório de viabilidade elaborado pela consultoria Galeazzi e Associados. A informação é do Valor Econômico.
A consultoria foi contratada pela própria companhia aérea no fim do ano passado, com o objetivo de melhorar seu processo de reestruturação. O documento também inclui que a Avianca deve se desfazer de 14 das 50 aeronaves que mantém e reajustar seus voos para reduzir despesas.
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A venda de parte das operações da Avianca faz parte do plano de recuperação judicial, firmado no ano passado. Para isso, vai criar uma “unidade produtiva isolada”, um tipo de empresa cujo capital social seria os slots em aeroportos e os aviões arrendados. A companhia, por sua vez, ficaria com a operação relativa ao Programa Amigo, cujo fluxo de caixa será destinado ao pagamento dos credores.
Quando o plano de recuperação judicial for homologado, essa empresa terá até seis meses para ser leiloada a fim de captar recursos. Sua avaliação ficará a cargo das consultorias Avaliação de Ativos e Eagle Consultoria, segundo a qual o valor dessa empresa seria de R$ 135 milhões. Sua receita líquida, segundo a Galeazzi e Associados, seria de R$ 4,07 bilhões, com um Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 924,7 milhões. A projeção do lucro é de R$ 95,7 milhões.
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A estimativa dos ganhos para 2023 é maior. O lucro líquido chegaria a R$ 224,4 milhões, o Ebitda a R$ 970,7 milhões e a receita líquida a R$ 4,16 bilhões.
“Dada a recente crise e as complicações financeiras da Avianca, a malha aeroviária doméstica considerada no estudo de viabilidade contempla uma redução do número de aeronaves e voos ao longo do ano de 2019″, diz o relatório. A consultoria considerou um uso de 36 aeronaves nas operações da companhia neste ano, com 235 voos por dia.