A companhia aérea Avianca Brasil, entrou com um pedido, na última terça-feira (9), no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), para que fosse suspensa a liminar concedida às empresas de arrendamento referente a posse de aeronaves e motores.
Na última segunda-feira (8), a Justiça decidiu que as empresas de leasing pudessem retomar suas 15 aeronaves que eram operadas pela Avianca.
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Dentre as empresas beneficiadas, estão a Aircastle e a Aviation Capital Group que possuíam contrato com a companhia e disponibilizavam 18 aviões.
Em recuperação judicial desde dezembro último, a empresa, que é a quarta maior aérea do país, tem passado por diversas batalhas jurídicas com empresas de leasing devido a falta de pagamento.
Nova recuperação judicial
Na noite da última sexta-feira (5), os credores da Avianca Brasil aprovaram o plano de recuperação judicial da companhia. Entre os presentes na assembleia, 80% concordaram com os termos.
Saiba mais: Justiça garante que empresas de leasing retomem 15 aviões da Avianca
A assembleia havia sido suspensa após discordâncias de representantes dos trabalhadores e de empresas que prestam serviços à Avianca Brasil. O grupo discordava do pagamento das dívidas da empresa.
Na proposta apresentada na assembleia, consta a divisão da empresa em sete Unidades Produtivas Isoladas (UPI), cujo leilão deve ser realizado ainda em abril, de acordo com a companhia.
Latam, Gol e Azul na disputa
Em março deste ano, a Azul fez uma proposta para comprar parte das operações da Avianca por US$ 105 milhões, algo em torno de R$ 405 milhões.
Além disso, na última quinta-feira (3), a Latam e a Gol também concordaram em fazer uma proposta para adquirir os ativos da aérea.
Apoiando a divisão da Avianca em sete Unidades Produtivas Isoladas (UPI), as duas companhias aéreas tentariam ficar com ao menos uma das partes da Avianca, numa transação que gira em torno dos US$ 70 milhões, ou cerca de R$ 270 milhões.
No entanto, o Departamento de Estudos Econômicos do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), aponta possíveis problemas caso o plano de divisão em sete partes da Avianca seja realmente realizado.
De acordo com o Cade, caso aconteça, a operação fará tanto a Gol quanto a Latam possuir a concentração do mercado. Conforme apontou o conselho, no caso da obtenção dos ativos da Avianca por parte da Azul, o nível de preocupação concorrencial é menor.