Ícone do site Suno Notícias

Avianca: voos cancelados podem chegar a oito mil em 2019

Avianca

Voos cancelados podem chegar a oito mil com suspensão de atividades da Avianca pela Anac. (divulgação)

Na última sexta-feira (24), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu os voos e operações da Avianca Brasil. Caso as atividades permaneçam suspensas, serão mais de oito mil voos cancelados até o fim de 2019.

Conforme dados informados pela Avianca à Anac, a companhia aérea em recuperação judicial tem 8.646 voos programados até o fim do ano. A média diária é de 39 voos.

A Avianca é a quarta maior companhia aérea do País, e está no processo de recuperação judicial desde dezembro de 2018. O processo é acompanhado pela A 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo.

Também na última sexta-feira, pilotos e comissários da Avianca realizaram uma greve nos aeroportos de:

A greve dos funcionários da companhia aérea foi motivada pela ausência de pagamento de salários. E também dos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Saiba mais – Anac suspende todos os voos e operações da Avianca Brasil

Nova proposta da Azul para a Avianca

A Avianca não aceitou a segunda proposta da Azul (AZUL4) para comprar os seus ativos, na última terça-feira (21). De acordo com a companhia aérea em recuperação judicial, a oferta é juridicamente inviável.

“Não há como validamente alienar a maioria dos ativos (…) via Unidade Produtiva Isolada (UPI) sem a existência de um plano de recuperação judicial apreciado e aprovado pelos credores, requisito imprescindível a celebração de um negócio […] capaz de manter a transação definitivamente válida”, afirma o documento, que foi enviado pela Avianca à Justiça.

Em 13 de maio, a nova proposta da Azul foi feita à Avianca. O montante de US$ 145 milhões foi oferecido em troca de uma UPI da Avianca. A UPI reuniria ativos como slots aeroportuários da companhia aérea.

Saiba mais – Recuperação judicial: grupo apresentará medidas para acelerar processo

Azul x Gol, Latam: o início

Em 11 de março, a Azul teria assinado uma proposta não-vinculante para a aquisição de parte dos ativos da Avianca. A compra ocorreria por meio da criação de uma UPI. A primeira proposta da Azul previa que o valor total da operação seria de US$ 105 milhões.

Todavia, em 3 de abril, a Gol (GOL4) e a Latam entraram na disputa para adquirir partes da Avianca. No plano de recuperação judicial alternativo àquele proposto pela Azul, haveria a criação de sete UPIs. E cada uma das companhias aéreas dariam lances mínimos de US$ 70 milhões por uma UPI.

Na assembleia de credores da Avianca, a proposta de reestruturação vencedora foi a segunda, que criaria sete UPIs. O leilão estava agendado para dia 7 de maio, mas foi suspenso pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em decisão liminar.

O pedido para cancelar o leilão foi feito pela credora Swissport, que, segundo a “Folha de S. Paulo”, mira a anulação do plano de recuperação judicial aprovado pela assembleia de credores.

Além disso, a Swissport questiona a legalidade de leiloar slots. O slot aeroportuário, ou simplesmente slot, é um termo usado na aviação para designar o direito de pousar ou decolar em aeroportos congestionados.

Gol e Latam contestam segunda proposta da Azul

Na última segunda-feira (20), antes da Avianca recusar a segunda proposta feita pela Azul, as companhias aéreas Gol e Latam contestaram na Justiça a nova proposta feita Azul.

A Latam pediu à Justiça o indeferimento da nova proposta da Azul. No recurso, a Latam afirmou que a “posição” da Azul no processo de recuperação judicial da Avianca tem “muitas coincidências e pouca coerência”.

“A verdadeira intenção da Azul só pode ser quebrar a Avianca ou causar repercussão processual e midiática”, escreveu a Latam.

Por sua vez, a Gol disse que a nova proposta da Azul não tem legitimidade. “A proposta da Azul não observa os procedimentos estipulados em lei para alteração do plano de recuperação judicial”, argumentou a companhia aérea, citando o plano de reestruturação já aprovado pelos credores.

“Nesse contexto, nunca é demais destacar que a Azul tem total liberdade e poderá comparecer ao leilão das sete UPIs. E apresentar lances para todas elas e se sagrar vencedora, adquirindo, assim, todas as UPIs da Avianca“, disse a Gol no seu pedido.

Sair da versão mobile