Avianca Brasil não deve mais devolver dez aeronaves

A Avianca não vai ter mais que devolver 10 aeronaves para a empresa de leasing que tinha pedido a restituição.

A GE Capital Aviation Services (Gecas) desistiu nesta sexta-feira (18) do pedido enviado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Gecas pedia para suspender o registro de dez aeronaves Airbus A320 usadas pela Avianca Brasil em operação de voos. A Gecas é uma empresa de leasing dona das aeronaves, com a qual a companhia aérea tinha um contrato para os 10 aviões.

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A Avianca Brasil está desde dezembro em recuperação judicial, A companhia aérea tentou, com sucesso, convencer a Gecas a retirar o pedido.  O acordo entre as partes foi alcançado após uma audiência realizada na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.

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A retirada dos aviões poderia acontecer em até cinco dias. Isso geraria uma série problemas para os passageiros que já compraram seus bilhetes. Na última quinta-feira (17), a Avianca Brasil anunciou o fim de seus voos internacionais mais importantes. Foram canceladas as rotas de Guarulhos para Nova York, Miami e Santiago. Além disso, foram devolvidas outras duas aeronaves A330 a empresas de leasing. Atualmente, a companhia aérea tem 46 aeronaves em operação.

Recuperação Judicial

A companhia aérea apresentou o pedido de recuperação judicial em 11 de dezembro de 2018. A empresa controla 13% do mercado nacional e registrou um crescimento forte nos últimos anos. No entanto, acabou acumulando dívidas superiores a R$ 500 milhões.

Três empresas de leasing já pediram restituição de aviões por conta da falta de pagamento. No total, as empresas arrendaram 14 aeronaves para a companhia aérea, equivalente a 30% da frota em operação A companhia aérea tinha assegurado que nenhuma das operações seriam afetadas, mesmo com o processo de recuperação judicial. Entretanto, a Avianca Brasil demitiu 140 funcionários na última semana.

Possível Venda da Avianca

Em 13 de dezembro de 2018, 0 ex-presidente da República Michel Temer assinou a Medida Provisória que permite as empresas estrangeiras a deter 100% do capital de companhias aéreas brasileiras. Portanto, a possibilidade de que tais empresas adquiram a Avianca existe, apesar da recuperação judicial. Caso a venda da companhia aérea se concretizasse, a empresa compradora estaria obtendo apenas a “parte boa”, o que exclui as dívidas.

 

Carlo Cauti

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