Avianca: Gol pede à Justiça que proposta da Azul não seja levada adiante

A Gol pediu à Justiça que não leve adiante a proposta da Azul de comprar parte dos ativos da Avianca Brasil, que passa por uma recuperação judicial desde dezembro do ano anterior.

A proposta foi realizada na última semana. Nela, a Azul oferece US$ 145 milhões para uma Unidade Produtiva Isolada (UPI) da Avianca.

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Proposta da Azul para a Avianca

A nova oferta da Azul faz com que ela retorne a disputa pelos ativos da Avianca. Em abril a empresa anunciou sua desistência, após realizar uma oferta de US$ 105 milhões para adquirir os ativos da Avianca. Na época, a companhia afirmou que a Gol e a Latam agiram para evitar a concorrência da ponte aérea São Paulo-Rio de Janeiro.

De acordo com o documento enviado pela Gol à Justiça, a nova proposta da Azul não tem legitimidade. “A proposta da Azul não observa os procedimentos estipulados em lei para alteração do plano de recuperação judicial“.

“Nesse contexto, nunca é demais destacar que a Azul tem total liberdade e poderá comparecer ao leilão das 7 UPIs, apresentar lances para todas elas e sagrar vencedora, adquirindo, assim, todas as UPIs”, concluiu a Gol.

Avianca não cumpre promessa e funcionários não são pagos

A recuperação judicial da Avianca já foi aprovada pelos seus credores. Dessa forma, se for adiante, a proposta prevê que a companhia seja dividida em sete UPIs.

Inicialmente marcado para 7 de maio, o leilão dos ativos da Avianca foi suspenso por uma determinação da Justiça. No entanto, a companhia aérea recorreu da decisão.

Últimos voos cancelados

A Avianca Brasil cancelou mais 596 voos entre o último sábado (18) e a última segunda-feira (20). A empresa que passa por recuperação judicial desde dezembro de 2018 sofreu com a greve de seus funcionários e operou com apenas 60% de sua capacidade.

Saiba mais: Crise aumenta e Avianca cancela cerca de 600 voos até segunda-feira

A Avianca já cancelou a maioria de seus voos desde a metade do mês de abril. A companhia aérea vem perdendo suas aeronaves na Justiça para as empresas de ‘leasing’ devido a inadimplência. Com a redução da frota, a empresa foi obrigada a cancelar parte da demanda de voos.

Renan Bandeira

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