Avianca: Cade avalia investigação sobre recuperação judicial da aérea

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai avaliar a investigação sobre a recuperação judicial da Avianca Brasil. Assim, o órgão informou, nesta quinta-feira (23), que instaurou o procedimento preparatório de inquérito para o caso.

Dessa forma, o Cade vai analisar as questões concorrenciais do processo de recuperação da Avianca. Entretanto, a ação da autarquia vai ocorrer por um pedido do Tribunal de Justiça de São Paulo. Isso porque o TJ-SP solicitou a avaliação técnica do órgão. Sendo assim, o papel do Cade será reunir informações que vão dar base para abrir um processo ou então arquivar o procedimento preparatório.

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Análise do Cade

A autarquia já adicionou ao procedimento, um estudo sobre os impactos que a recuperação da Avianca podem trazer para o mercado das aéreas. Contudo, o Cade afirmou que o documento não é uma prévia nem indica sua decisão.

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Nessa pesquisa, o integrantes do órgão avaliam que se a Gol e a Latam comprarem slots da Avianca, há riscos concorrenciais para o mercado. Em contrapartida, a análise é de que se a compra for feita pela Azul os impactos seriam menores.

Isso porque as duas primeiras aéreas têm uma grande participação do mercado de passageiros. Contudo, o Cade ressaltou que mais análises devem ser feitas e que ainda não há conclusões.

Impactos da saída da Avianca

A possível saída da Avianca do mercado pode elevar os preços das passagens aéreas nos aeroportos nacionais. Isso porque ao menos 18 das principais rotas operadas pela companhia passarão a ter apenas uma opção de voo direto.

Além do reflexo imediato do aumento nos preços das passagens, os passageiros ainda terão de usar um voo com escala e conexão, que levam mais tempo de viagem, enquanto a Avianca disponibilizava um voo direto.

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O aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e o de Guarulhos, são os que possuem as partidas mais afetadas. No Rio de janeiro saem rotas para Brasília, Salvador e São Paulo (Congonhas). Em Guarulhos, partem aviões para Belém, João Pessoa, Juazeiro do Norte, Campo Grande, Foz do Iguaçu e Navegantes.

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Além disso, rotas de Recife para Petrolina e Salvador e Salvador para Ilhéus também serão afetadas.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), um bilhete de uma rota com uma única companhia para uma viagem de mil quilômetros chega a custar 47% mais do que o valor cobrado em rotas operadas por três empresas.

Beatriz Oliveira

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