A Avianca Brasil não aceitou a proposta da Azul para comprar os seus ativos. De acordo com a companhia, a oferta é juridicamente inviável. A aérea entrou em recuperação judicial em dezembro de 2018.
“Não há como validamente alienar a maioria dos ativos (…) via UPI [Unidade Produtiva Isolada] sem a existência de um plano de recuperação judicial apreciado e aprovado pelos credores, requisito imprescindível a celebração de um negócio (…) capaz de manter a transação definitivamente válida”, afirma o documento, que foi enviado pela Avianca à Justiça.
Avianca não cumpre promessa e funcionários não são pagos
No último dia 13, a Azul apresentou uma nova tentativa de comprar as rotas mais atrativas da Avianca, como a ponte aérea Rio-São Paulo. A oferta da empresa foi de US$ 145 milhões (R$ 573 milhões). O pedido foi apresentado à 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo.
Além disso, Gol e Latam ofereceram uma oferta de US$ 70 milhões, que chegou a ser aprovada pelos credores. O plano previa a divisão dos slots da Avianca em sete UPIs e seriam leiloados no dia 7 de maio.
Porém, o leilão foi paralisado pelo desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ricardo Negrão. O pedido foi encaminhado pela Swissport. A Avianca possui uma dívida de R$ 17 milhões. A credora busca cancelar o plano de recuperação judicial aprovado, argumentando que a oferta da Gol e Latam tem conflito de interesses pois envolveu pagamentos antecipados. Além disso, ressalta que os slots não são ativos da Avianca e sim concessões.
Latam questiona proposta da Azul pela Avianca
Mais cedo, a companhia aérea Latam entrou com um recurso Justiça para pedir o cancelamento da nova proposta da Azul. No questionamento, a Latam diz que a posição da Azul no processo de recuperação judicial da Avianca possui “muitas coincidências e pouca coerência”.
Saiba mais: Latam questiona na Justiça nova proposta da Azul por Avianca
“A verdadeira intenção da Azul só pode ser quebrar a Avianca ou causar repercussão processual e midiática”, escreveu a Latam no pedido endereçado ao juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo, que acompanha o processo.