Nesta semana, os executivos da Avianca Airlines, a companhia internacional controladora da Avianca Brasil, desembarcaram em São Paulo. Com objetivo desenhar uma nova estrutura de operação no Brasil.
A Avianca Airlines é comandada pelo empresário Germán Efromovich, que comanda Avianca do grupo colombiano. Para a reestruturar a companhia, o grupo conversou com Azul, Latam e Gol, com intuito de fazer acordos sobre compartilhamentos de voos no Brasil.
Acordo
Conforme o acordo, o passageiro voará com a concorrente por um trecho doméstico, para então, embarcar ao exterior com a Avianca internacional. É esperado que esses contratos sejam fechados até o segundo semestre deste ano. No atual momento, o compartilhamento é feito pela própria Avianca Brasil.
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Além disso, o grupo tem como intuito estruturar a venda de bilhetes internacionais. Pois a companhia tinha como forte os destinos para Bogotá e Lima, mas, após imagem ruim da marca, a busca por esses voos diminuiu.
Para os executivos do setor aéreo, essa nova estrutura surge como uma remota hipótese de sobrevivência da marca.
Grupo colombiano
Com a crise da Avianca Brasil, o grupo colombiano corre para conseguir montar sua própria equipe no solo paulistano. O grupo continua operando normalmente, no entanto, não vive em seus melhores momentos.
Em março deste ano, a empresa comunicou o cancelamento de voos para Chicago e Boston. Além disso, reduziu a frequência de voos para Nova York, de acordo com empresa, essa é uma estratégia para aumentar a lucratividade.
Ademais, reduziu-se o número pedido de aeronaves Airbus.
Em nota a companhia afirma que não está abandonando a Avianca Brasil.” Não é correta [avaliação de abandono]. Nosso interesse e compromisso é com o passageiro.”
Entenda a crise da Avianca Brasil
A Avianca é a quarta maior companhia aérea do Brasil e está em recuperação judicial desde dezembro 2018. O pedido foi registrado na 1ª Vara Empresarial de São Paulo em 10 de dezembro, após crescentes prejuízos e atrasos em pagamentos de arrendamento de aeronaves.
Por causa da falta de pagamento, os credores apresentaram recursos para a Anac. A agência recebeu pedidos por retirar as aeronaves operadas pela empresa do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB).
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Além da perda de aeronaves por conta da inadimplência, a Avianca também deixou de pagar seus funcionários. Antes da crise, a empresa possuía 5,3 mil funcionários, deles 617 eram pilotos e 1,1 mil comissários.