A Justiça de São Paulo estipulou um prazo de 48 horas para a Avianca Brasil avaliar a nova proposta da Azul para compra de ativos.
A Avianca deverá decidir se aceitará ou não a proposta da Azul feita ainda na segunda-feira (13). A proposta da companhia é de transformar as sete Unidades Produtivas Isoladas (UPI), em apenas uma e levar a leilão com lance mínimo fixado em US$ 145 milhões até o dia 20 de maio.
O despacho assinado pelo juiz Tiago Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, na última terça-feira (14), decidiu que “tratando-se da proposta de amplamente divulgada nos meios de comunicação, o que lhe confere indiscutível notoriedade, concedo à recuperanda e eventuais interessados o prazo de 48 horas para manifestação”.
Azul e Avianca
A concorrente fez uma proposta de US$ 145 milhões para contemplar slots, que são autorizações para pousos e decolagens, da ponte aérea Rio-São Paulo e Brasília, em aeroportos que a Azul ainda não tem força operacional.
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De acordo com a proposta da Azul, o leilão de sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), espécie de ‘mini Aviancas’ como partes dos ativos da companhia aérea, voltaria a ter apenas uma.
Dessa forma, esta voltaria a ser a proposta original de divisão da Avianca, apresentada pela Azul ainda em 11 de março. No entanto, essa proposta era de US$ 105 milhões para obter as operações da Avianca, que está em recuperação judicial desde dezembro do ano anterior.
Dias depois, a Avianca mudou seu plano de recuperação judicial, desmembrando seus ativos em sete UPIs que seriam leiloadas. Com isso, Latam e Gol entraram na disputa dos slots, fazendo propostas para o leilão que tinha data inicial para 7 de maio.
Entretanto, o certame não aconteceu após os credores obterem liminar para suspensão do evento. Agora, a Avianca aguarda a remarcação do leilão, após ter apresentado recurso.