‘Queremos avançar ainda mais em ESG no Brasil’, diz David Atkin

Durante o 44º Congresso Brasileiro de Previdência Privada, o CEO da Principles of Responsible Investment (PRI), destacou que há mais medidas a serem tomadas em termos de ESG no Brasil.

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“O PRI trabalha para representar a comunidade de investidores, ao se envolver em questões de governança, princípios sociais e ambientais nas decisões de investimento e ativos. O foco está em análises detalhadas e técnicas apuradas, que visam obter retornos financeiros e evitar danos às pessoas e ao planeta. Pesquisas demonstram uma relação positiva entre desempenho financeiro e integração ESG”, disse.

“A sustentabilidade tem um impacto global significativo e pode ajudar a reduzir riscos em todas as regiões do mundo”, acrescentou David Atkin.

O PRI, comandado por Atkin, é uma iniciativa das Nações Unidas que visa promover a sustentabilidade nos mercados de capitais.

O especialista ainda destacou que os avanços nesse tema têm vindo inclusive dos fundos de pensão – foco do evento da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

“A Previ, um dos maiores fundos de pensão do Brasil, desempenha um papel significativo nesse movimento e é importante na compreensão do cenário brasileiro. O PRI está empenhado em expandir essa comunidade”, destacou.

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Além disso, Atkin destacou que há avanços no segmento de autorregulação, com o International Financial Reporting Standards (IFRS).

“Existe apoio de governos, como o japonês, e várias regulamentações no setor bancário no Brasil. O PRI está comprometido em promover o desenvolvimento tanto no Brasil quanto globalmente”.

Desastres sob o ponto de vista ESG

Durante a palestra, Atkin citou exemplos de problemas análogos e que ocorreram recentemente.

Na ocasião, citou os desastres ambientais da Vale (VALE3), que obrigaram a mineradora a pagar R$ 7 bilhões em indenizações.

“Em 2020, uma empresa entrou em solvência devido à falta de pagamentos. Em 2022 na França, uma empresa foi denunciada por crimes contra a humanidade, pagando milhões e milhões de dólares também em indenizações”, disse.

“Esses exemplos mostram essa ideia de trade off entre ESG e sustentabilidade”, completou.

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Eduardo Vargas

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