O governo informou nessa segunda-feira (18) que pretende isentar o pacote de auxílio para as empresas distribuidoras de energia elétrica do pagamento de Impostos sobre Operações Financeiras (IOF), que ficaria em, aproximadamente, R$ 282 milhões.
O pacote tem como objetivo apoiar as distribuidoras de energia que tiveram uma queda na demanda e um aumento na inadimplência por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Segundo a ‘Reuters’ o auxílio deverá sair em decreto.
De acordo com a minuta vista pela agência britânica, “com a redução da alíquota do IOF reduz-se o custo da operação e seu impacto sobre a tarifa de energia no futuro”.
Empréstimo para distribuidoras de energia
Para que as turbulências causadas pelo novo vírus não tenham tanto impacto nos resultados das empresas, bem como em suas dívidas, o governo está negociando um empréstimo de aproximadamente R$ 10 bilhões, através da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Dentre as instituições financeiras que fazem parte das conversas referentes a negociação, estão:
- O BNDES;
- Banco do Brasil;
- Caixa;
- Itaú (ITUB3; ITUB4);
- Bradesco (BBDC3; BBDC4).
Queda na demanda de energia e aumento da inadimplência
Assim como outras distribuidoras, a Eletrobras (ELET3; ELET5; ELET6) observou uma redução crescente no consumo de energia elétrica. A informação foi divulgada no dia 15 de abril, pelo presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior.
Saiba mais: Coronavírus: setor elétrico pode sofrer impacto de até R$ 25 bi
O executivo da Eletrobras informou que, em função do agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil, a queda pelo recurso se estabilizou em uma faixa de 18% a 19%. Os dados foram divulgados em conferência online pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Além da queda no consumo de energia elétrica, outro impacto sentido por uma das distribuidoras de energia brasileira, devido à pandemia no País foi o aumento do nível de inadimplência, acrescentou Ferreira Junior.