A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) divulgaram dados nessa terça-feira (4), apontando que contando com advertências e suspensões temporárias e definitivas de operação, a Autorregulação do Crédito Consignado aplicou 74 punições em março. O montante é o maior já registrado desde que as novas regras entraram em vigor em janeiro do ano passado.
“A autorregulação do crédito consignado está evoluindo para monitorar com ainda mais rigor e atenção todos os agentes envolvidos na oferta e concessão de crédito consignado. Assédio comercial ou qualquer outra prática que desrespeite o código de defesa do consumidor serão identificadas e punidas sem demora”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban. Além dos correspondentes, a Autorregulação do Consignado vai passar a monitorar a ação dos agentes de crédito.
A aplicação da punição máxima prevista pelas normas também bateu recorde em março, com cinco correspondentes bancários tendo suas atividades suspensas definitivamente durante o mês.
Desde a entrada em vigor da Autorregulação para o Crédito Consignado, foram aplicadas 450 sanções em razão de reclamações de consumidores sobre oferta irregular do produto.
“Observamos um alto comprometimento da maioria dos correspondentes com a melhoria da oferta e da concessão do crédito consignado aos consumidores e, consequentemente, a redução de reclamações. A autorregulação do consignado constrói bases sólidas para que esse tipo de crédito continue desempenhando o seu papel, que é levar crédito barato ao consumidor, com atendimento de qualidade”, diz Sílvia Scorsato, presidente da ABBC.
Outra medida do Sistema de Autorregulação do Crédito Consignado
Outra medida integrante do Sistema de Autorregulação do Consignado foi a criação de da ferramenta “Não me perturbe”, por meio da qual os consumidores podem proibir instituições financeiras e correspondentes bancários de entrarem em contato proativamente para oferecer esse tipo de crédito.
Entre 2 de janeiro e 31 de março deste ano, 1,413 milhão de pessoas solicitaram o bloqueio telefônico por meio da plataforma. A maior quantidade de pedidos foi realizada por moradores dos Estados de São Paulo (30,82%), Rio de Janeiro (12,34%) e Minas Gerais (11,18%).
Com informações do Estadão Conteúdo