O presidente da câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou nesta sexta-feira (6) que o projeto de autonomia do Banco Central (BC) deve avançar na Câmara somente após a reforma tributária andar, ressaltando ainda que o projeto sobre a instituição presidida por Roberto Campos Neto não é urgente no curto prazo.
“Aceito votar autonomia do Banco, aceito, é claro, votar os depósitos voluntários, mas aí temos que organizar melhor a pauta até o fim do ano. É só o governo ter boa vontade na reforma tributária”, declarou Maia. “A reforma tributária tem importância muito maior que autonomia do BC”, concluiu.
O projeto de autonomia do Banco Central foi aprovado na última terça-feira (3) pelo Senado, necessitando do aval dos deputados para virar lei.
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O texto prevê além do controle dos preços como objetivo central, duas novas metas acessórias, sem prejuízo à principal, sendo elas de suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego no Brasil.
Vale ressaltar que Maia já reclamou da falta de empenho e atuação do governo para se aprovar a medida. Na semana passada, acusou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de ter vazado informações sobre conversa que os dois tiveram no dia da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a taxa Selic em 2% ao ano.
O presidente da Câmara lembrou nesta sexta-feira que havia uma proposta de autonomia do BC semelhante na Câmara, mas que não foi votada, e disse que não comentou até agora sobre o tema porque não foi procurado pelo governo para falar sobre o assunto. “Se eu conseguisse conversar com alguém do governo, eu poderia te responder, mas ninguém me procura. Não vou conversar com a imprensa antes de conversar com o governo”, declarou.
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Depois de falar sobre o projeto de autonomia do BC, Maia sinalizou querer aprovar o projeto da reforma tributária antes de deixar a presidência da Casa, informando que com acordo pode fazer isso rapidamente.
Com informações do Estadão Conteúdo.
