Áustria veta acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia

O Parlamento da Áustria decidiu na última quarta-feira (18) rejeitar o acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Para que o tratado seja ratificado é necessário da aprovação de ao menos 28 países do bloco europeu.

A França, no mês de agosto, após as queimadas na Amazônia, se posicionou contra acordo de livre-comércio entre a UE e o Mercosul. O presidente frânces Emmanuel Macron acusou o presidente da República Jair Bolsonaro de mentir sobre as questões ambientais do País.

Do mesmo modo, a Áustria vetou o acordo pois acredita que o Brasil não tem compromisso com a preservação da Amazônia. “O acordo teria sido ruim para a nossa agricultura, mas especialmente para a proteção climática e os direitos trabalhistas na América do Sul”, disse o vice-chefe do Partido Social-Democrata do país, Jörg Leichtfried.

O acordo prevê a implementação efetiva do Acordo de Paris que aborda questões climáticas, como o combate ao desmatamento.

Acordo entre Mercosul e UE beneficiará o Brasil, diz diretor da OMC

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, afirmou a jornalistas que acredita que o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a UE proporcionará um salto de competitividade ”muito positivo e há muito tempo esperado para a indústria brasileira”.

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A declaração foi dada na 14ª cúpula do G20, que ocorreu em Osaka, no Japão, em junho deste ano. Azevêdo projeta que haverá redução do custos de insumos, e também maior poder de competição para a exportação do Brasil.

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“Haverá redução do custo de insumos, dos preços para o consumidor brasileiro, além de uma abertura do mercado europeu. Onde a partir de agora o exportador brasileiro poderá competir em igualdade de condições com todos os supridores europeus, e com países com os quais a UE tem acordos de preferência”, explicou Azevêdo.

O Ministério da Economia prevê que o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a UE, representará um aumento do PIB brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões.

Poliana Santos

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