A Austrália, maior exportador mundial de alumina – ou óxido de alumínio, principal componente da bauxita e usado na fabricação de alumínio -, anunciou a proibição de exportações para a Rússia em uma medida que aumentará ainda mais a pressão sobre a gigante do alumínio Rusal.
A Austrália responde por quase 20% do fornecimento de alumina da Rússia, segundo declaração do governo no domingo. A alumina é o ingrediente-chave para a produção de alumínio, que é produzido a partir do minério de bauxita. As exportações para a Rússia de minérios de alumina e alumínio, incluindo bauxita, foram proibidas imediatamente.
“Havia um navio que deveria atracar na Austrália esta semana para coletar uma carga de óxido de alumínio com destino à Rússia”, disse o primeiro-ministro Scott Morrison a repórteres. “Esse barco não vai para a Rússia com nossa alumina.”
Embora o alumínio não tenha sido alvo de sanções, a Rusal – que precisa de bauxita e óxido de alumínio para alimentar suas fábricas – está enfrentando problemas em sua cadeia de suprimentos à medida que as empresas deixam de fazer negócios com a Rússia.
O Grupo Rio Tinto planejava parar de fornecer bauxita e comprar alumina de uma fábrica da Rusal na Irlanda, disseram pessoas familiarizadas com o assunto no início deste mês.
Na Austrália, a Rio opera a joint venture Queensland Alumina com a Rusal, que detém 20% de participação.
A empresa com sede em Londres disse anteriormente que estava avaliando suas opções em relação à parceria com a parceira da Rússia e tinha as “estruturas apropriadas” para garantir que as operações da Queensland Alumina não fossem interrompidas.