O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o reajuste do salário mínimo não deve ultrapassar o valor da inflação em função das preocupações com os níveis de desemprego que podem ser aumentados. A informação foi divulgada nessa terça-feira (1).
Na última segunda-feira (31), o Ministério da Economia enviou ao Congresso Nacional uma proposta que prevê um piso de R$ 1.067 para o próximo ano, com pagamento a partir de fevereiro do ano que vem. Nesse sentido, o mínimo não tem aumento real pelo segundo ano consecutivo.
O montante proposto pelo governo equivale a um aumento de R$ 22 em comparação ao salário mínimo atual, que é de R$ 1.045. Entretanto, vale destacar que a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso.
Por outro lado, o montante representa uma queda de R$ 12 quando comparado com o valor de R$ 1079,00, que foi proposto em 15 de abril, para o ano que vem, quando era esperado que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) tivesse uma alta de 3,27% em 2020.
Após declarar que a proposta feita irá apenas reajustar a inflação, o ministro da economia completou que caso isso não ocorra, o Brasil pode sofrer uma onda de demissões.
“Hoje, se você der um aumento de salário mínimo, vão ter no mínimo milhares e talvez milhões de pessoas que vão ser demitidas. Você está no meio de uma crise de emprego terrível, todo mundo desempregado, você dar um aumento de salário, vai condenar as pessoas ao desemprego. Nós estamos atentos a isso, mas nós temos que ter cuidado para a hora que você tem que fazer esse tipo de ajuste”. afirmou Guedes.
Salário mínimo atual
O Senado Federal aprovou em meados de maio a Medida Provisória (MP) 919/2020 que estabelece o salário mínimo na casa dos R$ 1.045.
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A medida foi editada no mês de fevereiro e foi votada em maio pela Câmara dos Deputados. O valor definido para o salário mínimo pela medida foi um reajuste dos R$ 1.039 fixados no final do ano anterior. A mudança seguiu a variação do INPC.