Aumento dos custos e falta de clientes preocupam micro e pequenas empresas, mostra Sebrae
Pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o aumento dos custos e a falta de clientes são as principais preocupações dos empreendedores. No entanto, houve melhoras nos números relatados em agosto deste ano.
Segundo o presidente do Sebrae, Décio Lima, a gradativa melhora nas condições macroeconômicas devem continuar gerando resultados positivos para micro e pequenas empresas. “O dono do pequeno negócio já sente isso nos seus custos diretos com energia, combustíveis, entre outras despesas da empresa” , afirma Lima.
Segundo a pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, 32% dos donos de micro e pequenas empresas relataram o aumento dos custos como principal dificuldade enfrentada em agosto, queda de 10 pontos percentuais na comparação anual.
O número registrado em agosto é inferior ao apresentado na pesquisa de abril, quando 38% informaram estarem apreensivos com as despesas.
Sebrae: empreendedores têm dificuldades de repassar preços a clientes
A pesquisa do Sebrae também mostra que, em julho, quase 7 em cada 10 pequenos negócios relataram aumento dos custos nos últimos 30 dias. Porém, apenas 8% das micro e pequenas empresas conseguiram repassar integralmente esses aumentos para os clientes, ante 51% que mantiveram seus preços
De acordo com Lima, empreendedores ainda estão represando o aumento dos seus gastos ao consumidor para não perder vendas, que aponta o nível do endividamento das famílias como um dos fatores que reprime o consumo.
“Acreditamos que o programa Desenrola, do governo federal, deve reativar a disposição dos brasileiros de voltarem a comprar, aquecendo a economia”, pontua Décio Lima.
Essa queda de consumo é outro ponto de alerta dos empreendedores, mostra o Sebrae. Cerca de 32% dos empresários apontam a falta de clientes como o maior problema enfrentado.
Varejo: Quatro entre oito atividades caem em maio, afirma IBGE
Quatro das oito atividades que integram o varejo registraram recuos em maio de 2023 ante maio de 2022. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados pelo (IBGE).
Segundo os dados, na média global, o comércio varejista teve uma retração de 1,0%.
Houve perdas em tecidos, vestuário e calçados (-18,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-17,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (-6,7%) e equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-4,9%).
Os quatro setores com avanços foram combustíveis e lubrificantes (10,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (7,6%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e móveis e eletrodomésticos (0,3%).
No varejo ampliado – que inclui os segmentos de veículos, material de construção e atacado alimentício -, as vendas subiram 3,0% em maio de 2023 ante maio do ano anterior.
Ainda segundo o Sebrae, o volume vendido por veículos, motos, partes e peças subiu 1,6% em relação a maio de 2022, material de construção teve recuo de 2,0%, e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 18,1%.