Consumo de internet no Brasil cresce 30% com coronavírus
Com as medidas de isolamento para conter a propagação do novo coronavírus no Brasil, as operadoras registraram um aumento no tráfego de internet, enquanto os usuários reportaram queixas sobre os serviços.
Com a quarentena em vigor em grande parte do Brasil, negócios fecharam as portas, colégios suspenderam as aulas e empresas colocaram seus empregados em regime de home office. Isso aumentou bruscamente o número de pessoas em casa, assim como seu consequente consumo de internet. Dessa forma, subiu o tráfego de dados usados para serviços de streaming, sites de notícias e videoconferências.
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“Em vários dos países impactados inicialmente pela Covid-19, como China, Coreia do Sul, Japão e Itália, nós vimos crescimento no tráfego de internet de 25% em média sobre as taxas do resto do mundo”, afirmou a Tilt Patrick Sullivan, diretor de tecnologia da Akamai, empresa americana de análise de fluxos digitais.
De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), desde o início da pandemia no Brasil, foi registrado um aumento médio de cerca de 30% do tráfego.
Usuários reportam queixas quantos ao serviço de internet
Esse aumento da demanda provocou uma série de queixas por parte de clientes de operadoras. Por exemplo, no caso da NET, foram relatados problemas na última quinta-feira (23) no serviço de conexão prestado pela empresa. Segundo a plataforma de monitoramento online Downdetector, as reclamações se referiam sobre:
- 87% serviço de internet:
- 7% falhas gerais
- 4% somente serviço de televisão
As reclamações foram registradas, entre outras cidades, em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A plataforma também aponta para um pico, por volta das 9h30, quando foram publicadas 51 queixas pelo serviço.
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Para Julio Sirota, gerente do setor de infraestrutura da IX.br, além de um aumento no volume de dados, o que se observa é uma mudança no perfil de uso da internet em casa horário. O IX.br é nome dado ao projeto do Comitê Gestor de Internet no Brasil que desenvolve a infraestrutura dos Pontos de Intercâmbio de Internet.
“Agora está muito parecido com um domingo, com as pessoas iniciando o uso pela manhã e ao redor do meio-dia fica um uso constante e um pico à noite, com horário de maior uso”, informou Sirota, conforme publicado no portal de notícias “G1”.
Empresas tomam medidas frente ao aumento do tráfego
Conforme apurou o SUNO Notícias, as prestadoras estão cumprindo todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das autoridades brasileiras para o combate do novo coronavírus. Nesse sentido, as empresas promoveram
- ampliação do acesso aos acesso para os usuários;
- campanhas de informação para a sociedade;
- políticas internas de segurança aos funcionários
Além disso, cada operadora de internet realiza o acompanhamento constante das redes de serviço. Os Centros de Gerência de Rede das companhias estão monitorando a utilização das redes de acesso e transporte, com o objetivo de garantir a estabilidade da conexão.
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“Reforçamos que a atuação do setor de telecomunicações é estratégica e fundamental neste momento de reclusão da população e que as empresas necessitam seguir operando para minimizar os impactos na economia do país”, destacou o SindiTelebrasil.
Ainda sobre o aumento no tráfego de internet no País, o Sindicato salientou que “estamos vivendo um cenário imprevisível no qual temos que concentrar esforços na saúde das pessoas, na estabilidade da rede e na eficácia do atendimento compatível com a situação”.