Atlas Quantum anuncia plano de reestruturação organizacional

A Atlas Quantum anunciou, nesta quinta-feira (28), que fará um plano de reestruturação de sua estrutura organizacional. A empresa de bitcoins informou que as medidas são fundamentais para a “continuidade do negócio”.

No comunicado divulgado, a Atlas Quantum informou que agora possui apenas 55 funcionários. O número indica que cerca de 65% das pessoas que trabalhavam para a empresa foram demitidas.

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No entanto, segundo a empresa a redução da força de trabalho não representa “prejuízo a continuidade de suas atividades”.

A Atlas comunicou que as áreas de investimento de tecnologia foram as menos impactadas pelas acusações sofridas ao longo dos últimos meses. Além disso, a empresa salientou que pretende manter os processos de recompra de bitcoins.

Confira o comunicado enviado pela empresa:

“O Atlas Quantum inicia hoje um processo de turnaround, com readequação de sua estrutura organizacional. A equipe foi reduzida para 55 pessoas, sem prejuízo à continuidade de suas atividades, e segue operando a partir de São Paulo. As áreas de investimento e tecnologia, essenciais para a estratégia de reestruturação, foram as menos impactadas.

Todos os processos em andamento (resgate em reais e recompra) serão mantidos, assim como os compromissos já assumidos.

Essas medidas são necessárias e coerentes com o atual momento da companhia e essenciais para a continuidade do negócio”.

Condenações contra a Atlas Quantum

Ao longo dos últimos meses, a Atlas Quantum foi alvo de uma série de condenações. No dia 29 de outubro, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que a empresa deveria devolver R$ 290.880,15 em bitcoins para dois investidores.

Saiba mais: CVM proíbe Atlas Quantum de ofertar investimentos

Um mês antes, no dia 20 de setembro, a empresa foi condenada a pagar mais um cliente. O valor do reembolso solicitado pelo cliente nesta ocasião foi de R$ 518.336,93.

No dia 16 de setembro, R$ 282 mil em bens da empresa foram bloqueados em determinação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O processo foi motivado por um investidor que alegou estar com problemas para sacar o montante que investiu.

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Ademais, a Atlas Quantum, suspeita de ser pirâmide financeira pelo Ministério Público, foi proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de ofertar títulos ou contratos de investimento coletivo. Segundo a CVM, a empresa necessita de uma autorização especial para comercializar os produtos que oferece, classificados como Contrato de Investimento Coletivo.

Giovanna Oliveira

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