Após suspender por 60 dias sua abertura de capital (IPO, em inglês), nesta quarta-feira (4) a Athena Saúde Brasil desistiu do processo.
A Athena Saúde pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a desistência do pedido de registro de oferta pública de distribuição primária e secundária de ações, alegando que a deterioração das condições do mercado brasileiro e internacional “impactou diretamente os termos e condições da oferta” que pretendia fazer.
Considerando o ponto médio da faixa indicativa, que ia de R$ 18,35 a R$ 23,12, e o número de ações da oferta base, 120.551.640, a operadora de planos de saúde pretendia levantar cerca de R$ 2,5 bilhões com a oferta pública inicial de ações.
De acordo com a empresa, os recursos líquidos provenientes da oferta primária seriam utilizados para realizar aquisições. Algumas delas já estavam em andamento e deveriam consumir 70% destes. O restante seria destinado a novas compras.
Bank of America, XP, Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA, Santander e ABC Brasil seriam os coordenadores do processo.
Athena Saúde já havia suspendido processo de IPO por 60 dias
Vale lembrar que em meados de maio, a operadora de planos de saúde já havia pedido a suspensão do seu IPO por 60 dias.
De acordo com o documento enviado ao mercado, a Athena solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a interrupção do pedido de registro do IPO “devido à volatilidade no mercado de capitais“.
A Athena foi criada em 2017 pelo fundo Brazilian Private Equity V, gerido pelo Pátria. Segundo o prospecto, tem cinco operadoras, 24 clínicas, sete pronto-atendimentos e nove hospitais, em locais como os Estados do Paraná, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. Ao final de 2020, tinha 708,4 mil beneficiários de planos de saúde ou odontológicos.
A Athena Saúde se soma a outras que desistiram de fazer oferta de ações nas últimas semanas, por conta do mercado mais desafiador. Entre outras que adiaram os planos de um IPO estão a CSN Cimentos e a Intercement.
Com informações do Estadão Conteúdo