De acordo com a rede pública americana PBS News, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidiu invadir a Ucrânia e já comunicou sua decisão às Forças Armadas russas. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, alertou nesta sexta-feira (11) sobre a possibilidade de a invasão acontecer “a qualquer momento”.
Blinken diz possuir informações de que Putin poderá invadir a Ucrânia durante os Jogos Olímpicos de Inverno que acontecem na China.
A ressalva do secretário de Estado dos EUA tem dois motivos. O primeiro seria diminuir os rumores de que a Rússia iria esperar que o evento esportivo mundial termine para não ofuscar seu aliado político, que é a China; e o segundo é fortalecer a iminência do ataque, visto que as Olímpiadas se encerram no dia 20 fevereiro.
A agência de notícias Reuters informou que os Estados Unidos estão retirando os membros da sua embaixada na Ucrânia e pediu que os cidadãos norte-americanos também saiam do país o mais rápido possível. O Reino Unido também emitiu alertas para que cidadãos britânicos deixem a Ucrânia.
“Simplificando, continuamos a ver sinais muito preocupantes da escalada russa, incluindo novas forças chegando à fronteira [com a Ucrânia]. Estamos em uma janela em que uma invasão pode começar a qualquer momento e, para ser claro, isso inclui durante as Olimpíadas”, disse Antony Blinken, segundo a Reuters.
As imagens de satélite da região que faz fronteira entre a Rússia e o leste da Ucrânia mostram a concentração de mais de 100 mil soldados. Em discurso, o presidente dos EUA, Joe Biden, alertou “não é como se estívessemos lidando com uma organização terrorista. Estamos lidando com um dos maiores exércitos do mundo”, afirmou à NBC News.
Mercado financeiro global reage à escalada da tensão entre Rússia e Ucrânia
Após as novas informações sobre a iminente invasão russa à Ucrânia, a cotação do petróleo disparou no mercado internacional e as bolsas americanas caíram.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o petróleo tipo Brent subia 4,18%, para US$ 95,27, enquanto o petróleo tipo WTI disparava 4,86%, para US$ 94,39.
Já as bolsas americanas operam todas no vermelho neste final de pregão. Às 17h (horário de Brasília), o S&P caía 1,85%, o Dow Jones perdia 1,37% e o Nasdaq derretia -2,62%. Os índices estavam praticamente estáveis, operando no campo positivo antes da notícia.
Aqui no Brasil, as ações de mineradoras e siderúrgicas ampliaram suas perdas com a notícia do ataque à Ucrânia, depois de o setor operar no negativo a maior parte da sessão devido À queda do minério de ferro. O destaque entre as maiores baixas do Ibovespa – que sobe 0,10 % — são:
- Usiminas (USIM5), que perdia 6,79%, a R$ 15,64
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4) cedendo 2,92% (R$ 11,65)
- Gerdau (GGBR4) caía 2,74%, a R$ 28,01.
- CSN (CSNA3) desvalorizava 0,99%, a R$ 27,93. J
- Vale (VALE3) registrava queda de 1,75% (R$ 92,23) e
- CSN Mineração (CMIN3), com -2,91% (R$ 6,67).
- Petrobras (PETR4) dispara 3,74%, a R$ 33,65.
O dólar fechou em R$ 5,2424, alta de 0,01%, Moeda oscilou entre R$ 5,1814 e R$ 5,2464.
O índice VIX, que mede a volatilidade do S&P 500 e é considerado um termômetro para o temor em Wall Street, saltou 30% há pouco, na máxima do dia, após relatos na imprensa americana de que os EUA esperam que a Rússia invada a Ucrânia em breve, além de alertas de autoridades da Casa Branca. Às 16h55 (de Brasília), o VIX subia a 23,09%, 29,43 pontos.
O rublo russo passou a registrar forte baixa em comparação com o dólar americano após a PBS reportar que autoridades dos EUA esperam que a Rússia invada a Ucrânia a partir da semana que vem. Segundo o veículo, a decisão foi tomada pelo presidente Vladimir Putin e já comunicada às forças armadas russas. Às 16h03 (de Brasília), o dólar subia a 77,5201 rublos.
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