Ataque contra navio petroleiro israelense deixa dois mortos na costa de Omã
Um navio petroleiro administrado por uma empresa de navegação de propriedade de Israel foi atacado na noite da última quinta-feira (30) na costa de Omã, matando dois tripulantes, ínformou a companhia e três oficiais israelenses. As informações são do jornal The New York Times.
De acordo com dois dos oficiais, que falaram sob condição de anonimato para discutir assuntos militares delicados, o ataque parece ter sido realizado por drones iranianos não tripulados que caíram em alojamentos sob o centro de comando do navio, ou ponte.
A empresa israelense Zodiac Maritime informou que os dois tripulantes mortos eram da Grã-Bretanha e da Romênia e que na tarde de sexta-feira o navio estava navegando sob a proteção de uma escolta naval americana.
Um funcionário do Departamento de Defesa dos EUA disse que dois navios da Marinha americana responderam a um pedido de socorro, mas não escoltavam o navio.
O Ministério da Defesa britânico disse que estava investigando relatos de um ataque a um navio mercante na costa de Omã, mas não deu mais detalhes, O oficial americano disse que o navio parecia ter sido atingido por um drone, apesar de ser cedo, acrescentou ele, para atribuir responsabilidade.
Zodiac descreveu o ataque como “uma suspeita de incidente de pirataria” a bordo do Mercer Street, um navio-tanque de 600 pés de comprimento, que partia da Tanzânia para os Emirados Árabes Unidos. O navio é de propriedade de uma empresa japonesa e navega sob bandeira da Libéria.
Mas a Zodiac, que administra a Mercer Street, é liderada por Eyal Ofer, um magnata da navegação israelense, levando alguns analistas a especular que ela pode ter sido alvo de iranianos, mesmo antes de as autoridades israelenses identificarem os drones como iranianos.
Um oficial militar israelense de alto escalão classificou o ataque mortal a uma embarcação civil desprotegida no mar de “um ato de terrorismo” do Irã.
O Irã não reivindicou publicamente ou negou responsabilidade.
A rota do navio petroleiro passaria por um estreito entre Omã e o Irã, onde diversos ataques a embarcações particulares com a bandeira de Israel ocorreram nos últimos meses – episódios que as autoridades israelenses atribuíram ao Irã.