Na manhã desta terça-feira (6) a Iochpe-Maxion (MYPK3) confirmou que sofreu um ataque hacker na véspera, causando a indisponibilidade dos sistemas e operações.
“[A Iochpe-Maxion] foi vítima de um ataque cibernético em seu ambiente de tecnologia da informação, que resultou em indisponibilidade de parte de seus sistemas e operações, em algumas unidades no Brasil e no exterior. A Companhia prontamente acionou seus protocolos de controle e segurança para conter o ataque, tendo preventivamente isolado alguns de seus sistemas para proteção do ambiente”, diz o comunicado.
No documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia ressalta que trabalha com seus assessores para “identificar as causas do incidente, apurar a sua extensão e mitigar os seus efeitos”.
A companhia é uma produtora de rodas automotivas e um dos principais players do continente. Segundo dados do Status Invest, a companhia vale R$ 1,96 bilhão.
Ataque hacker atinge das gigantes as pequenas
Além das gigantes da bolsa que já sofreram um ataque cibernético, pequenas e médias empresas têm sofrido com o cenário de insegurança digital.
Somente de janeiro a abril deste ano, foram 41% de crescimento em ataques do gênero em pequenas e médias companhias. Os dados são da Kaspersky, empresa de cibersegurança e privacidade.
O parecer da Kaspersky mostra que os principais golpes incluem invasão de rede em meio ao contexto de trabalho remoto e roubo de senhas corporativas – que por sua vez, dão acesso aos dados internos das empresas.
Dentre as grandes empresas que sofreram com ataques do gênero desde o início do ano passado estão a Renner (LREN3), que chegou a ter seu e-commerce afetado derrubado, e a CVC (CVCB3), que ficou com seu site inoperante e enfrentou queda de ações na bolsa.
Além disso, a JBS (JBSS3) também foi alvo de ataque hacker. Suas operações nos Estados Unidos foram afetadas e paralisadas após a companhia sofrer um ataque de ramsomware – quando os criminosos pedem dinheiro após sequestrarem dados de clientes.