Ataque hacker: Brasil é o 2º país que mais sofreu com nova onda, diz Netscout
Segundo dados divulgados recentemente pela Netscout, o Brasil é o segundo país que mais sofreu com ciberataques no acumulado de 2021. Até então, movimentos como o de um hacker que atacou a Cyrela (CYRE3) com um ramsomware foram comuns e ocasionaram mais de 439 mil ciberataques em território nacional.
Além do caso citado, empresas grandes como o laboratório Fleury (FLRY3) e o frigorífico JBS (JBSS3) também foram alvos de problemas ocasionados por algum hacker – sendo que o segundo caso envolveu solicitação de pagamento pelos criminosos, que atingiram fábricas dos EUA.
Assim, o Brasil soma uma fatia de 7,1% de todos os problemas do gênero em todo o mundo, que já são cerca de 6,4 milhões até o início de agosto.
No topo do ranking, os Estados Unidos possuem cerca de 21,7% dos ataques de hackers. Atrás do Brasil, constam:
- Coreia do Sul – 385.808 (6,3%)
- Reino Unido – 348.330 (5,7%)
- China – 256.985 (4,2%)
A maioria dos ataques registrados foram do tipo de negação de serviço distribuído – ou DDoS, na sigla em inglês – que são aqueles que se utilizam das características e limitações de qualquer rede de serviços para comprometer seu funcionamento.
Ataque ao Brasil, hacker dos EUA
Em termos de origem, a maioria ataques hacker identificados no Brasil foram feitos com envolvimento de alguém que estava nos EUA. Em 62% das vezes havia envolvimento de americanos, e em 60% também havia parte da operação no Brasil – considerando que um ataque pode vir de vários lugares ao mesmo tempo.
Março foi o pico das ocorrências, com 80 mil ataques.
“O Brasil é alvo de ataques há muitos anos por ser um país grande, com visibilidade global, um dos maiores provedores de alimentos para o mundo. Mas, de alguns anos para cá, o Brasil vem sendo também gerador de ataques“, afirma o especialista em cibersegurança e diretor da Nescout, Geraldo Guazzelli, em entrevista à agência EFE.
“A explicação é profunda, mas o entendimento é muito simples. Somos um país de cerca de 212 milhões de habitantes e atingimos um nível de digitalização considerável, então passamos a ter capacidade de gerar esses ataques”, acrescenta.
Os dados foram sobre cada ataque hacker foram colhidos com base em uma mediana baseada no monitoramento de IPs.