Ata do Copom ‘voltou a mencionar o fiscal’, diz BB
Em análise sobre a Ata do Copom divulgada na manhã desta terça-feira (26), especialistas do BB destacaram no documento que a autoridade monetária voltou a mencionar os aspectos fiscais, ressaltando que a execução das metas é um ponto importante para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária.
“Na Ata do Copom o Comitê reiterou a importância de se manter uma política monetária contracionista para o processo de reancoragem das expectativas e para a consolidação do processo de desinflação. De forma detalhada, as projeções do Copom para inflação ficaram em 5,0% em 2023, 3,5% em 2024 e 3,1% em 2025″, diz a casa.
Segundo o BB, a Ata também reforça o entendimento de que, apesar dos riscos internos e externos, é importante continuar com o ciclo flexibilização monetária e manter os próximos cortes na mesma magnitude do último em recuos de 50 pontos-base (p.b) da Selic.
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“No que tange ao ambiente internacional, o colegiado destacou o aumento da incerteza, que está relacionada à continuidade do processo de desinflação, à elevação das taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos e à perspectiva de menor crescimento na China”, diz o BB.
“Já o cenário doméstico, o Copom pontuou que a atividade econômica segue surpreendendo positivamente, embora anteveja um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestre”, completa.
Ata do Copom diminui possibilidade de cortes mais intensos
Sobre os impactos, o time de economistas do Banco do Brasil avalia que, ao menos no curto prazo, é pouco provável uma aceleração do ritmo de ajuste monetário.
“Desta forma, projetamos mais duas quedas de 50 p.b. para as próximas reuniões, de modo que a Selic chegue no patamar de 11,75% a.a. no fim de 2023”, conclui, após a divulgação da Ata do Copom.