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Copom não hesitará em elevar a taxa Selic caso seja necessário, diz ata

Copom. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Copom. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Nesta terça-feira (06), foi divulgada a ata da última reunião do Copom, que manteve a taxa Selic novamente em 10,50% ao ano. Entre os destaques, o documento destaca que o comitê não hesitará em elevar novamente a taxa caso seja necessário.

A ata do Copom afirma que o cenário atual é desafiador, marcado por projeções elevadas e com mais riscos para a alta da inflação. Com isso, o comitê avalia que o momento é de maior cautela e de acompanhamento dos condicionantes da inflação, sem se comprometer com estratégias futuras em relação à Selic.

Ainda assim o documento mostra que o colegiado, por unanimidade, “reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”.

O comitê diz que há fatores que risco para a inflação nas duas direções, ainda que tenha enfatizado os pontos que pressionam para a alta.

De acordo com o documento, os riscos para o cenário inflacionário são:

Em relação aos riscos de baixa, o colegiado do Copom citou a desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada e impactos mais fortes que os esperados do aperto monetário sobre a desinflação global.

Em relação ao cenário global, a ata destaca que o cenário se mantém adverso, diante das incertezas sobre os impactos da política monetária dos Estados Unidos para a condução da taxa Selic.

“O Comitê avalia que as conjunturas doméstica e internacional exigem ainda maior cautela na condução da política monetária. Em particular, os impactos inflacionários decorrentes dos movimentos das variáveis de mercado e das expectativas de inflação, caso esses se mostrem persistentes, corroboram a necessidade de maior vigilância”, diz a ata.

Além disso, o Copom novamente destacou que perseguir a reancoragem das expectativas de inflação é um elemento essencial para assegurar a convergência da inflação para a meta.

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