A AstraZeneca (NASDAQ: AZN) saiu em defesa da vacina que produz com a Universidade de Oxford nesta segunda-feira (25) após jornais alemães afirmarem que o o antígeno teria baixa eficácia em idosos.
Segundo as publicações, a vacina de Oxford teria apenas uma eficácia de 8% a 10% em pessoas com mais de 60 anos. De acordo com os veículos de comunicação, a alegação foi baseada em falas de fontes próximas às autoridades de saúde do país.
A AstraZeneca respondeu em nota que as declarações são “totalmente incorretas” e afirmou que os resultados prévios divulgados na revista científica The Lancet em novembro mostraram uma resposta imunológica de cerca de 100% nos adultos mais velhos, principalmente após uma segunda dose. A companhia afirmou também que o Comitê de Vacinação do Reino Unido apoiou o uso do antígeno em idosos, levando em consideração esses dados.
O laboratório, em um primeiro momento, testou seu antígeno em pessoas com menos de 55 anos para examinar se ele era eficaz para a maioria dos profissionais de saúde. Os primeiros resultados, então, vieram com poucos dados sobre o efeito do composto em idosos. A AstraZeneca se comprometeu, entretanto, a disponibilizar mais informações baseadas em faixas de idade.
Após as declarações dos jornais, o Ministério da Saúde alemão afirmou que não há dados que sugiram a eficácia de apenas 8% entre os idosos.
Suprimentos também são problemas para a AstraZeneca
A AstraZeneca vem tendo tensões com a União Europeia, da qual a Alemanha faz parte, desde a semana passada, quando sinalizou que entregaria ao bloco um número de doses consideravelmente menor do que o prometido anteriormente. A companhia havia garantido ao bloco cerca de 80 milhões de vacinas sendo que, agora, a projeção passou para 31 milhões, corte de 60%.
A comissária de Saúde da União Europeia, Stella Kyriakides, disse que o novo cronograma da AstraZeneca “não é aceitável” e que mudanças quanto as regras de exportação de vacinas devem acontecer em breve.
Notícias Relacionadas