AstraZeneca: Alemanha suspende uso da vacina por suspeita de coágulos

O governo da Alemanha decidiu suspender o uso da vacina contra o novo coronavírus (covid-19) desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. A medida foi tomada depois que outros países também suspenderam a vacinação após constatarem sérios problemas sanguíneos em alguns vacinados.

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Segundo o Ministério da Saúde do país, a decisão ocorreu “após novas informações sobre trombose das veias cerebrais vinculadas à vacinação na Alemanha“. O governo acredita que outros estudos são necessários da vacina da AstraZeneca depois da formação de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas na Europa.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) irá decidir se essas novas constatações “vão repercutir na autorização da vacina”, conforme informou o governo. O ministro da Saúde alemão Jens Spahn deverá fazer discurso hoje à tarde para a população.

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Nas semanas anteriores, vários países suspenderam a vacina da AstraZeneca após constatarem problemas de coagulação em alguns vacinados. A Áustria foi o primeiro, o país interrompeu o uso em 8 de março depois da morte de uma enfermeira que recebeu uma dose, a mulher de 49 anos morreu por uma má coagulação sanguínea.

Ontem, a Irlanda anunciou que suspendeu o uso da vacina. Na quinta-feira (11) a Dinamarca interrompeu temporariamente o imunizante. A autoridade de saúde da nação nórdica disse que a decisão foi “baseada no princípio da precaução”. Noruega, Islândia e Bulgária seguiram o exemplo.

A Tailândia também adiou o uso da vacina à medida que aguarda uma investigação, enquanto a Itália, Romênia e Áustria pararam de usar injeções de lotes específicos.

AstraZeneca reafirma segurança da vacina após países suspenderem uso

No domingo (14), a farmacêutica AstraZeneca divulgou um comunicado reafirmando a segurança da sua vacina contra a covid-19.

O pronunciamento veio após países suspenderem o imunizante diante de relatos de aumento de coágulos sanguíneos em decorrência do seu uso. A empresa informou que promoveu uma análise dos dados dos pacientes vacinados e que não foi identificado nenhum risco dessa natureza.

“Uma revisão cuidadosa de todos os dados de segurança disponíveis de mais de 17 milhões de pessoas vacinadas na União Europeia e no Reino Unido com a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca não mostrou evidências de um risco aumentado de embolia pulmonar, trombose venosa profunda ou trombocitopenia, em qualquer idade definida grupo, gênero, lote ou em qualquer país específico”, disse o comunicado da farmacêutica divulgado neste domingo.

Na sexta-feira, a diretora de acesso a medicamentos da Organização Mundial de Saúde (OMS), Mariângela Simão, afirmou que os resultados dos estudos preliminares “não apontam para uma correlação entre a vacina da AstraZeneca e a formação de coágulos”. A entidade defende que a vacinação seja mantida, nesse contexto.

Ainda na sexta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou o registro da vacina, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A decisão permite a entrega do produto que tem etapa de fabricação no País. Antes, o órgão já havia autorizado o uso emergencial do mesmo produto, mas fabricado pelo Instituto Serum, da Índia. A Fiocruz espera entregar cerca de 222 milhões de doses da AstraZeneca neste ano, sendo 112 milhões até julho.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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