A Amazon (AMZO34) anunciou que, a partir desta terça-feira (11), contará com uma aba de compras internacionais em seu site no Brasil, mantendo o frete grátis nas aquisições para os assinantes do serviço de membros, o Amazon Prime.
A Amazon deve subsidiar a operação, mas não informou como e quanto será absorção do frete grátis para membros Prime. Até então, a gigante da tecnologia permitia compras internacionais, mas somente no site global da Amazon, e em uma cesta limitada de produtos para o Brasil.
Os primeiros produtos que devem fazer parte do rol de oferta para os membros Prime são da Oxo (utensílios de cozinha), KitchenAid (eletroportáteis), Revlon (beleza) e Timex (relógios).
Pagamentos poderão ser feitos via cartão de crédito em até 10x sem juros, além do tradicional boleto bancário. Compras abaixo de R$ 300, contudo, são limitadas até seis parcelas.
A promessa da companhia é de que os produtos devem chegar ao Brasil em até duas semanas, além do prazo de despacho – que é de somente dois dias em cerca de 600 cidades, em geral em regiões metropolitanas.
Na loja internacional estarão disponíveis 15 categorias de produtos – a metade do que há no site local – incluindo segmentos como casa, moda, eletroeletrônicos, artigos esportivos e outros.
A integração logística é o fator que permitiu à companhia realizar esse incremento, permitindo ao consumidor brasileiro do varejo acessar o inventário americano. Alguns custos, contudo, serão mantidos.
Pesam na compra:
- Imposto de importação (60% do valor)
- ICMS
- Câmbio
Movimento da Amazon figura em meio a alta competitividade no e-commerce
O mercado de e-commerce deve enfrentar, ainda em 2021, um acirramento maior entre os grandes players. No cenário global, a Amazon deve seguir pleiteando cada vez mais espaço, assim como a concorrente chinesa Alibaba.
O Aliexpress, cuja detentora é o Alibaba, anunciou que entregará produtos em até 12 dias em São Paulo, considerando todas as mercadorias vindas da China. A redução é de três dias, considerando a média anterior.
Segundo relatório da XP, a Amazon não tem mostrado um forte foco no Brasil, mas segue investindo na operação local. “Acreditamos que é um player que devemos sempre monitorar como um potencial risco, devido à força da marca, expertise no segmento e liderança global”, diz o documento.
A Amazon tem apenas oito centros de distribuição no Brasil, ao passo que o Mercado Livre (MELI34), líder do segmento no Brasil, tem mais de 20.